Infelizmente, o Ministério da Educação (MEC), em sua infinita sabedoria, muda as regras do jogo de avaliação e estabelece critérios para as novas avaliações baseado nas estruturas das universidades federais, tornando impossível às pequenas faculdades privadas acompanharem este modelo. Além de seu altíssimo custo (necessidade de professores em regime de dedicação exclusiva com metade de seu tempo em pesquisa), permite tantas facetas de interpretações que assistimos neste último ano a uma enxurrada de propagandas de diferentes instituições de Ensino Superior se autodenominando a melhor do Brasil pela avaliação do MEC. Afinal, melhor quem, cara pálida? Demonstrando esse fato na revista Veja de dezembro/2010, o brilhante economista Cláudio de Moura Castro escreve algumas pérolas: “… As piores escolas públicas são tão ruins quanto as piores escolas privadas…” ou “As diversas categorias de instituições privadas têm praticamente a mesma qualidade…” Então você, pequena e média instituição de Ensino Superior, se foca de maneira ferrenha em um nicho de mercado, se tornando a melhor e a diferenciada ou prepare-se para ser engolida pelo mercado. Temos bons exemplos nas duas pontas. De um lado positivo há muito tempo venho acompanhando a Fundação Escola Superior do Ministério Público – FMP, que fincou sua bandeira na área do Direito e assumiu um posicionamento extremamente forte na mente dos consumidores e do mercado. Na outra ponta temos faculdades, antes bem e muito bem posicionadas, focadas em seus nichos específicos, mas agora rasgando toda a estratégia de diferenciação de Igor Ansov, se perdendo pela abertura de vários cursos, destruindo seu foco e competitividade. Há pelo menos uma década eu já vinha alertando sobre essas tendências e riscos. Não chorem depois jogando suas culpas na ferocidade do mercado, quando simplesmente você sequer o conhece, e o pior, não o compreende na maneira regional de pensar.
Postada em 28 janeiro 2011