RIO – O Ministério Público Federal em São Paulo pediu à 10ª Vara Federal Criminal em São Paulo a condenação dos cinco envolvidos no furto, vazamento e tentativa de venda da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2009 prejudicou cerca de quatro milhões de inscritos e tumultuou todo o calendário de vestibulares do final de 2009 e início de 2010. Os réus Felipe Pradella, Gregory Camillo Oliveira Craid, Luciano Rodrigues, Filipe Ribeiro Barbosa e Marcelo Sena Freitas seriam enquadrados nos crimes de corrupção passiva (exigir vantagem indevida) e violação de sigilo funcional. A fraude adiou a realização da prova, que acabou marcada por abstenção recorde e erro no gabarito oficial.
Segundo o MPF, o julgamento está na fase dos memoriais, em que acusação e defesa apresentam suas conclusões sobre o caso. É a última fase do processo antes da sentença. O pedido foi feito na sexta-feira (18), mas só foi divulgado nesta quinta-feira (24) pelo MPF.
Depois da divulgação do furto da prova da gráfica, o Ministério da Educação (MEC) cancelou o exame na madrugada do dia 1º de outubro de 2009. O Enem seria aplicado nos dias 3 e 4 de outubro. As provas tiveram que ser reimpressas, o que teria custado cerca de R$ 45 milhões.