Cerca de 2 mil servidores técnicos de universidades federais de todo o país fizeram um protesto hoje (14) em frente ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Os servidores reivindicam aumento salarial, além da equiparação entre ativos e inativos e entre trabalhadores que exerçam a mesma função.
Os servidores também criticam a Medida Provisória nº 520 que autoriza o governo a criar a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, para gerenciar os hospitais públicos universitários. ” Essa é uma tentativa de privatização descarada, querem seguir o modelo do Hospital de Clínicas de Porto Alegre que é aberto ao público, mas também atende à demanda de planos de saúde “, afirma o coordenador da Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidade Federais Brasileiras (Fasubra) Pedro Rosa.
A coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de Santa Catarina (Sintufsc), Teresinha Seccato, disse que muitos servidores foram prejudicados com a extinção de algumas carreiras na implantação do Plano de Carreira dos Cargos Técnicos Administrativo em Educação (PCCTAE). “As pessoas que ficaram nessas carreiras [extintas] estagnaram, fazem cursos, pós-graduação e não progridem, pois a carreira não existe”, afirmou Teresinha.
Durante a manifestação na manhã de hoje, cinco coordenadores da Fasubra se reuniram com o secretário de recursos humanos do Ministério do Planejamento, Devarnier Paiva, para negociar as reivindicações da categoria.
A coordenadora da Fasubra Leia de Souza Oliveira disse que o encontro resultou na abertura de uma mesa de negociação. Já há uma nova reunião marcada para a próxima segunda-feira (18) com a participação de representantes de todos os sindicatos. “O governo se mostrou disposto a nos ouvir, os resultados só saberemos com o decorrer da agenda de negociação”, afirmou.