Em sinal de protesto ao Projeto de Lei Complementar 549 por melhores condições de trabalho, professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT) foram às ruas para alertar a população. Com cartazes, camisetas, bandeiras e nariz de palhaço, os manifestantes seguiram do Instituto até a Praça Alencastro, no centro da Capital.
Professores do interior participaram do ato público, que também incluiu paralisação das aulas por 24h. Quase 18 mil universitários ficaram sem aulas no Estado.
A mobilização é nacional e tem como objetivo impedir a aprovação da PLP 549 que, segundo o presidente da Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat), Carlos Eilert, foi arquivado em 2010, mas voltou a ser discutido. Caso seja aprovado, os salários dos servidores federais deverão ser congelados até 2019. Eilert explica que os salários dos professores universitários já estão defasados em mais de 150%.
A presidente do Sindicato dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional de Tecnológica (Sinasefe), seção Cuiabá, Alenir Ferreira da Silva, acredita que a aprovação desse projeto poderá resultar em greve dos professores federais. Assim, defende que esse é o momento de mobilizar a categoria.
Por essas questões e pelas dificuldades de trabalho, como infraestrutura e falta de professores, a ação da categoria também tem como meta sensibilizar o governo Federal sobre a reajuste salarial e a importância de dedicar 10% do Produto Interno Bruto (PIB) à educação. Outra reivindicação é pela não terceirização dos hospitais universitários.