Segundo secretário de Educação, de 13 áreas do último concurso, sete não tiveram nenhum aprovado em várias regiões
O secretário Estadual de Educação da Bahia, Osvaldo Barreto, disse no 4º Fórum da União Nacional dos Dirigentes Municipais (Undime) que a baixa atratividade da carreira docente já causou a falta de professores no último concurso do Estado. Segundo ele, das 13 áreas em que se queria contratar docentes, 7 não tiveram nenhum aprovado em alguns municípios.
O concurso realizado no começo do ano se destinava a contratação e cadastro reserva de 3.200 docentes. Se inscreveram 45 mil pessoas, mas apenas 5.003 conseguiram atingir a nota mínima, que significa estar habilitado a ser convocado seguindo a ordem de classificação. “Estes 5.003 vamos tentar aproveitar todos, espero que os trâmites corram rápido para que alguns possam começar ainda este ano”, afirmou Barreto.
Em alguns municípios, no entanto, não há habilitados para convocar. “Dividimos o Estado em subáreas de até três cidades. Das 135 regiões formadas, a maioria não tem aprovado em pelo menos 5 das disciplinas básicas da Educação. Muitas não tiveram habilitado em sete áreas”, diz, acrescentando que as disciplinas em que mais faltam profissionais são biologia, química, física e matemática.
Para ele, isso é reflexo do “fundo do poço” a que a carreira do professor chegou. “Os jovens não querem ser professores, então quando a gente fala em valorização da carreira, é isso também e não só o salário, a gente vai ter que lidar cada vez mais com este problema”, disse à plateia de mais de mil dirigentes municipais de Educação do evento.
O secretário participou de uma mesa que discutiu o piso nacional do professor e suas implicações para os municípios. Segundo ele, o Estado da Bahia já paga salário base acima dos R$ 1.187 estipulados pela lei “com exceção de alguns professores sem formação superior que já estamos acertando”.
* A repórter viajou a convite da Undime