MEC descredencia 198 pólos de ensino a distância da Ulbra

Instituição afirma que pólos não cumpriam novos requisitos do ministério.
Ulbra ainda mantém 81 unidades em funcionamento no país.

O Diário Oficial da União publicou nesta quinta-feira (8) o descredenciamento, pelo Ministério da Educação, de 198 pólos de ensino a distância da Universidade Luterana Brasileira (Ulbra). A instituição mantém ainda 81 pólos em funcionamento.

A instituição afirmou que divulgará uma nota oficial na tarde desta quinta-feira.

A assessoria de imprensa da Ulbra informou ao G1 que o anúncio do MEC apenas oficializa um processo iniciado em 2009. Na época, a universidade passava por problemas financeiros e houve troca de gestão.

A nova administração aderiu a um termo de saneamento do ministério. Entre os novos requisitos, segundo a assessoria de imprensa, está a vinculação direta dos pólos de atendimento dos cursos não presenciais às instituições de ensino. Esse é, segundo a Ulbra, o principal motivo para o descredenciamento dos pólos.

Outra razão é que alguns dos locais ficavam a mais de 150 quilômetros da residência dos alunos, o que está fora dos termos exigidos pelo MEC.

A partir de 31 de dezembro, prazo dado pelo ministério para o fechamento das turmas e transferência dos alunos matriculados, a Ulbra seguirá presente em todos os Estados brasileiros, com exceção do Acre.

A universidade não informou quantos alunos serão afetados pela decisão. A exigência é que eles sejam transferidos para cursos de outras faculdades. Mas disse que, desde 2010, passou a realizar vestibulares anuais – antes, eram quatro processos seletivos por ano.

De acordo com a assessoria de imprensa, isso diminuiu o número de novas matrículas e, hoje, parte dos alunos já se formou ou deve se formar até o fim de 2011.

Denúncias
Além da redução de pólos de educação a distância e dos problemas financeiros, a Ulbra também enfrenta investigações a respeito de irregularidades nos cursos.

Uma das denúncias foi feita em julho deste ano, quando reportagem da RBS TV mostrou suspeita de fraude na aprovação de alunos não presenciais.

Eles seriam aprovados sem a correção de provas. A Ulbra afirmou que abriu processo administrativo para investigar o caso e que “irá colaborar com todos os meios necessários para esclarecer os fatos”.

De acordo com a assessoria de imprensa, a averiguação sobre essa denúncia “ainda está em andamento”.