Dos 5,3 milhões de inscritos, 901 mil são de São Paulo e 335 mil do Rio
Antes encarado como uma prova que não era bem um vestibular, o Enem se consolidou como uma prova que tem suas dificuldades – mas, principalmente, particularidades. Se em São Paulo, onde ainda não é usado como seleção para as principais universidade estaduais (USP, Unicamp e Unesp), a preocupação já é grande em desvendar a prova, no Rio de Janeiro essa atenção cresceu consideravelmente neste ano.
A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) aderiu ao exame como forma de seleção, causando estranheza entre estudantes. “Preferia o vestibular tradicional da federal, media mais a qualidade. Acho a prova do Enem muito estranha”, diz Wallace Pappacena, de 18 anos, que quer cursar Direito na UFRJ.
O coordenador do cursinho Miguel Couto, do Rio, Antonio Bottino, avalia que a preocupação entre os estudantes cariocas é que agora a concorrência ficou ainda maior. “No Rio, cada prova tinha uma característica, e havia um perfil restrito de candidatos. Agora, com o Enem, a concorrência é com Brasil inteiro.”
De acordo com ele, o cursinho reforçou o foco no Enem. Dos 5,3 milhões de inscritos. 335 mil são do Rio. O maior número de inscrições está em São Paulo: 901 mil.