Plano também quer atrair médicos de fora
DE BRASÍLIA
O governo federal quer aumentar o número de médicos no Brasil e, por isso, vai lançar neste ano um programa para a criação de mais vagas em cursos de graduação de medicina. A ação também vai prever parcerias para que hospitais considerados de “excelência” -como o Sírio-Libanês e o Albert Einstein- criem suas escolas.
As medidas terão impacto a médio prazo e por isso uma solução mais rápida, embora polêmica, cogitada pelo governo é incentivar a entrada de médicos de países vizinhos. O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, diz, porém, que não haverá um afrouxamento no programa que valida esses diplomas.
O governo pretende elevar a quantidade de médicos para atingir, até 2020, uma proporção de 2,5 profissionais por mil habitantes.
O índice atual é de 1,8, atrás de países como EUA (2,4). Além disso, o governo pretendem melhorar a distribuição dos profissionais no país.
Mercadante afirma que já existe um levantamento para a elevação das vagas nos cursos de graduação nas universidades federais. “Queremos fechar parcerias com as estaduais e as particulares.”
O Conselho Federal de Medicina informou que discorda da ideia. Segundo Desiré Callegari, primeiro-secretário do órgão, não faltam médicos, mas uma política de manutenção dos profissionais em determinadas regiões.