Capes e Inep foram autorizados a abrir 280 vagas. Segundo o governo, demanda de trabalho aumentou carência
Programas considerados centrais para os últimos governos – Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva – exigem esforços extras de alguns órgãos do Ministério da Educação. Com a justificativa de cobrir a demanda de serviço do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e do Ciência sem Fronteiras, por exemplo, os órgãos responsáveis por eles poderão contratar mais funcionários.
Na semana passada, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão autorizou a realização de concursos para contratar 280 servidores para os dois órgãos, 140 vagas para cada um.
A Capes vai contratar 70 analistas em ciência e tecnologia (nível superior) e 70 assistentes em ciência e tecnologia (nível médio). Os salários iniciais são de R$ 2.419,07 e R$ 1.331,97, respectivamente.
De acordo com a Diretoria de Gestão, a autorização de concurso público pretende ocupar as vagas já ociosas e atender à crescente demanda de trabalho. A Diretoria de Gestão afirma que 50% dos cargos criados na Capes estão desocupados, seja por “evasão ou aposentadorias, sem a proporcional reposição por meio de concurso público”.
Além disso, até 2015, mais servidores devem se aposentar. O trabalho, no entanto, só aumenta, como o próprio órgão pontua. O crescimento dos programas sob a responsabilidade da Capes, como o Ciência Sem Fronteiras e o programa de Formação de Professores da Educação Básica, e do orçamento da entidade desde o último concurso realizado em 2008 (de R$ 1,2 bilhões em 2008 para 3,5 bilhões em 2012) tornavam a demanda urgente.
Vagas vazias também no Inep
A falta de interessados no Inep também tornou necessária realização de novo concurso no órgão, segundo o ministério. Desde a definição do plano de carreiras dos servidores do órgão responsável pelo Enem em 2008, parte das vagas oferecidas à época ficaram desocupadas. Agora, o Planejamento autorizou a contratação de 100 pesquisadores e 40 técnicos em informações educacionais, a partir de setembro.
A remuneração inicial para cargo de nível superior (pesquisadores) é de R$ 4.895,26, e para nível médio é de R$ 2.380,02. Funcionários com titulação ganham adicional de 27% para especialização, 52,5% para mestrado e de 105% para doutorado.