O fenômeno da globalização nas sociedades contemporâneas tem como força motriz o conhecimento que se dissemina em circuitos econômico, financeiros e de comunicação, articulando fluxos de pessoas e bens em escala planetária. A pesquisa tem um papel importante nesse processo. Seus avanços baseiam-se no aporte da comunidade científica que, por meio de equipes conectadas em rede e de organizações sociais, contribuem para a geração do conhecimento e da inovação, com fim de buscar o bem-estar dos povos.
Cada país tem sua estrutura de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I). No Brasil, a política de CT&I se ancora na Capes, CNPq e Finep. O País conta com centros de pesquisa em empresas públicas e privadas. Essa estrutura se completa com universidades federais, estaduais, particulares, confessionais e fundações de apoio à pesquisa. Essa bem-sucedida política permitiu ao Brasil tornar-se referência internacional na produção do conhecimento, expresso pela titulação, em 2011, de mais de 13 mil doutores, de 37 mil mestres, e formação graduada em áreas estratégicas para o País.
Em 2011, a presidente Dilma Rousseff lançou o Programa Ciência sem Fronteiras para internacionalizar a pesquisa, enviando brasileiros para as melhores universidades do mundo, com a oferta de 101 mil bolsas em quatro anos, para graduação e pós-graduação, bem como para receber pesquisadores do exterior, fortalecendo a nossa pesquisa.
A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) vem participando com entusiasmo do programa. Para isso, fortalecemos a diretoria de Cooperação Internacional, com alocação de recursos e pessoal, além de definir um plano de ação 2012-2015. Quatro eixos estruturam o projeto de internacionalização: 1) apoio aos pesquisadores no acesso a equipes mundiais, mobilidade bilateral com publicações conjuntas e júris de teses, 2) mobilidade estudantil com bolsas, apoio financeiro para cursos de línguas e acolhimento de estudantes internacionais, 3) construção de alianças com melhores universidades do mundo e indução de áreas estratégicas de pesquisa, 4) criação de pós-graduações entre países, com oferta de disciplinas e seminários com tecnologias a distância, duplos diplomas e cotutelas.
A atuação conjunta com a Facepe e outras instituições de Pernambuco e do Nordeste vem sendo estimulada, bem como articulações com empresas públicas e privadas para qualificar recursos humanos necessários ao desenvolvimento regional. A UFPE está atenta aos apoios diversos para todas as áreas do conhecimento, com prioridades para a assistência estudantil, de modo que todos tenham igualdades de oportunidades para ter acessos às melhores universidades do mundo. Esse esforço tem como meta principal o incentivo à solidariedade entre povos e continentes, em especial África e América Latina, a defesa dos direitos humanos, a luta contra todas as formas de discriminação e defesa da cultura da paz. Esses são valores universais que a UFPE cultiva e pratica de longa data.