A noite de 9 de dezembro de 2016 ficará marcada na história da UFSM, pois, pela primeira vez, uma estudante com origem indígena se formou no Curso de Medicina da Universidade.
Laura Feliciana Paulo, 24 anos, da etnia Terena, foi a responsável pelo feito e não conseguiu esconder a felicidade pela sua conquista durante a cerimônia de colação de grau, em Santa Maria – RS.
Além de ter sido a primeira indígena formada em Medicina, Laura foi a primeira cotista indígena a passar no Vestibular para o curso, em 2010. Durante o período em que esteve na UFSM, ela acompanhou a evolução dos programas de assistência estudantil para a população indígena. “Quando eu entrei na Universidade, ainda não tinha benefícios exclusivos para estudantes indígenas, até porque, na época, se não me engano, eram três cotistas e 12 autodeclarados no total. Aí, eu gozava dos benefícios gerais da UFSM.”, relata. Hoje, a UFSM oferece bolsa de permanência para os estudantes indígenas, restaurante universitário gratuito e moradia. Cabe dizer que, em atenção às demandas dos estudantes indígenas, encontra-se em fase adiantada de construção a primeira moradia estudantil exclusivamente a eles destinada.
Estima-se que a população terena no país seja de 50 mil e que eles estejam distribuídos nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo.