A identificação de deficiências cognitivas ainda nos primeiros anos da idade escolar é o foco de uma pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), ganhadora do Google Research Awards in Latin America. Essa premiação financia pesquisas de ponta nas principais faculdades da América Latina. Intitulada Análise do gráfico não semântico para avaliação automatizada e diagnóstico precoce de deficiências cognitivas no ambiente escolar, a pesquisa foi desenvolvida dentro do Instituto Cérebro (ICe) da UFRN por Ana Raquel Torres, mestranda em neurociência.
Com a pesquisa, a estudante busca criar formas de avaliação rápida e de baixo custo para garantir a detecção precoce de deficiências cognitivas na primeira infância e, desta forma, evitar prejuízos no desenvolvimento acadêmico de crianças. Para tanto, foram avaliadas aproximadamente 200 crianças de escolas públicas e privadas, de 6 a 9 anos, por meio de testes orais e escritos de leitura e compreensão.
“No momento em que se tem essa detecção, a intervenção e o tratamento se tornam mais fáceis, porque se sabe o que a criança tem, ainda no início da alfabetização”, disse Ana Raquel. Com a expansão do projeto, espera-se encaminhar as crianças identificadas com alguma deficiência para tratamento imediato, evitando prejuízos durante a alfabetização.
Para a aluna, a premiação pela empresa Google demonstra que os temas relacionados à educação e aprendizagem despertam interesse e que há espaço para mecanismos que colaborem para a boa formação no período escolar. “Ter um projeto que tem como base a educação, que tenta trabalhar nos problemas da educação, e ser selecionado é maravilhoso”, acrescentou.
Uma vez selecionado pelo Google, o trabalho passa a contar com recursos financeiros que pagarão a bolsa de estudos de Ana Raquel Torres e ajudarão nas despesas relacionadas à coleta de dados. Serão repassados, por mês, 750 dólares para mestranda e 675 dólares para a unidade acadêmica.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social