O Conselho Pleno da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino (Andifes) recebeu, na tarde dessa quarta-feira (16), o ministro da Educação, Rossieli Soares, para debater uma agenda de pautas apresentadas pelas universidades federais.
Os reitores trouxeram demandas como a questão do financiamento do Ensino Superior público e gratuito e a necessidade de revisão do Plano Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes), que se intensificou, justamente, em função da crise pela qual o Brasil passa e que levou mais estudantes a dependerem desse apoio para se manterem na universidade.
Ao ouvir às solicitações dos reitores, o ministro propôs a criação de um grupo de trabalho entre técnicos do Ministério da Educação (MEC) e da Andifes para debater e buscar soluções para os problemas hoje enfrentados.
O presidente da Andifes, reitor Emmanuel Tourinho (UFPA) reforçou que o sistema de universidades públicas federais desempenha um papel fundamental no desenvolvimento do Brasil. Ele defendeu o interesse mútuo entre o MEC e as universidades no sentido de avançarem para atender de modo mais eficiente a expectativa da sociedade.
De acordo com Tourinho, a visita do ministro à Andifes resultou em encaminhamentos positivos para as universidades federais e para o Brasil. “Hoje nós tivemos a oportunidade de estabelecer um excelente diálogo com o ministro, abrindo a possibilidade de trabalharmos em parceria, construindo um grupo de trabalho para, em conjunto, buscarmos soluções para que as universidades continuem cumprindo esse papel fundamental de oferecer educação superior pública de qualidade, de produzir conhecimento cientifico de ponta, e de interagir com todos os setores da sociedade que precisam usar a inteligência instalada nas universidades para o enfretamento das dificuldades que temos hoje no Brasil. Por meio do diálogo, nós podemos construir soluções que sejam muito mais eficientes e que atendam de forma mais eficiente às expectativas da sociedade e de todos os atores do setor educacional.”
Para o ministro Rossieli, o principal resultado é a construção contínua de um processo de diálogo para todos os problemas que devem ser enfrentados juntos pelo MEC e pelas universidades federais. “Temos que encontrar soluções como um corpo só. Daqui, vamos construir um grupo para trabalharmos, juntos, o orçamento para 2019, e definir como vamos construir soluções diversas para problemas que estão sendo apresentados e que precisamos enfrentar conjuntamente dentro desse processo. Vai haver um grupo com cinco representantes da Andifes e representantes técnicos do ministério para encontrar soluções, discutir, debater os problemas, tanto do ponto de vista do MEC, quanto do ponto de vista das universidades. O grande objetivo é buscar soluções conjuntas. Vamos nos reunir regularmente, a partir de um cronograma construído pela própria Andifes. Até setembro ou outubro desse ano a gente irá avaliar e esperamos ter resultados concretos.”