Atividades são gratuitas e acontecem na UFSCar no dia 21 de novembro
A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e a Universidade de São Paulo (USP) realizam atividades na próxima quarta-feira, dia 21 de novembro, marcando as comemorações do Dia da Consciência Negra. A partir das 16 horas, no Auditório 1 da Biblioteca Comunitária (BCo), localizado na área Norte do Campus São Carlos da UFSCar, o Maestro da USP-Filarmônica, Rubens Russomano Ricciardi, ministra a palestra “O negro e a música no Brasil, desde os batuques coloniais até o surgimento do samba”. O evento é aberto ao público, gratuito e sem necessidade de inscrição prévia.
Já às 20h30, no Teatro Universitário Florestan Fernandes, também na área Norte do Campus São Carlos da UFSCar, acontece o 111º Concerto USP-Filarmônica. O evento é uma parceria entre a UFSCar e a USP em homenagem ao Dia da Consciência Negra e ao encerramento das comemorações dos 65 anos da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC-USP).
O concerto é gratuito, com retirada de convite na Coordenadoria de Apoio a Eventos Acadêmicos (CAEv) da UFSCar, a partir das 14 horas do dia 21 de novembro. A CAEv fica no saguão externo da BCo, ao lado dos auditórios.
Consciência Negra e o Concerto
O Dia Nacional da Consciência Negra é celebrado em 20 de novembro, escolhido por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares. Foi criado em 2003 como efeméride incluída no calendário escolar, até ser oficialmente instituído em âmbito nacional mediante a Lei nº 12.519, de 2011. A data é dedicada à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira, bem como sobre a dívida histórica do Brasil para com os negros em razão da escravatura. O Concerto da USP-Filarmônica incluirá o tema no seu programa.
O ponto alto da apresentação será a obra musical de diáspora negra “Navio Negreiro”, para tenor e violino solistas, do compositor paulistano, professor emérito da USP, Olivier Toni (1926-2017), com trechos do famoso poema de Castro Alves (1847-1871), relatando o sofrimento dos africanos, retirados à força de seu continente pelos portugueses e trazidos ao Brasil, por conta do tráfico negreiro. Essa obra foi composta em 2016 e estreada pela própria USP-Filarmônica naquele mesmo ano.
O repertório comemorativo à Consciência Negra homenageia também o compositor carioca José Maurício Nunes Garcia (1767-1830), filho de escrava que se tornou mestre-de-capela da Real Câmara e Capela de João VI, com apresentação da Sinfonia Fúnebre (Rio de Janeiro, 1790), em edição do Núcleo de Pesquisa em Ciências da Performance em Música (NAP-Cipem) da USP (campus de Ribeirão Preto). O programa completo pode ser conferido aqui.
Pela UFSCar, as atividades contam com a participação da Coordenadoria de Cultura (CCult), da Pró-Reitoria de Extensão (ProEx) e da Reitoria.