No dia 12 de dezembro de 2018, a partir das 19h, será realizada no Centro Cultural José Octávio Guizzo a abertura da mostra anual dos bacharéis em Artes Visuais da Faculdade de Artes, Letras e Comunicação (FAALC) da UFMS. A exposição “Diversidades condensadas” será aberta até o dia 31 de janeiro de 2019, ocupando as duas galerias térreas do Centro, Wega Nery e Ignês Correa da Costa. A visitação pode ser feita de terça a sexta-feira, das 8h às 22h, e aos sábados, das 8h às 18h.
A exposição coletiva traz a produção de conclusão de curso dos artistas recém-formados, com suas pesquisas individuais e um panorama constante da formação artística desenvolvida no curso. Nove artistas participam do evento, apresentando o que eles mesmos denominaram uma “diversidade condensada”, o que acabou dando título à exposição.
De acordo com a professora Priscilla Pessoa, Alex Alonso trata de identidade e de como ela é construída na percepção de nossas experiências, usando para isso a materialidade transparente do vidro e o conceito de construção em camadas da pintura. Camila Calolinda lida, a partir de pinturas e desenhos, com o conceito de “não lugar”, representado em seu trabalho pelos espaços públicos de rápida circulação como rodoviária e aeroporto, de onde ela retira elementos banalizados e os revê sob novas luzes.
Carolina Castro apresenta uma videoarte em que discute a relação entre o sujeito e o mundo com base em reflexões filosóficas que propõem um olhar crítico para as suas próprias percepções e vivências pessoais. Deborah Nazareth traz o olhar construtivista de sua primeira formação, como arquiteta, desenvolvendo obras bidimensionais e tridimensionais com uma intenção poética de leitura do mundo que a cerca, procurando a síntese visual das formas. Gabriella Oshiro, em sua série de delicadas e sintéticas aquarelas azuis, encontra laços entre o vazio existencial e a depressão, numa tentativa de dar vazão a sentimentos que compõem a nosso cotidiano.
Lila Borges aborda, numa instalação, o feminicídio e suas raízes alimentadoras, fincadas profundamente nas sociedades patriarcais. Lucas Braz parte de acontecimentos do cotidiano, bem como de canções, viagens ou até mesmo memórias para desenvolver suas experimentações em pintura e desenho. Maria Angélica Chiang apresenta um objeto que reúne em si diversas imagens/registros de sua vivência entre os Guarani e Kaiowá, num convite a experimentar a rede de caminhos que esse povo originário traça no mundo e no seu modo livre de ser. E Natália Mota realiza uma série de pinturas autorreferentes – sua família, amigos e animais são pintados por cima de telas antigas, cobrindo o passado com o presente, onde o precário, o temporário, o efêmero e outros conceitos dialogam com as pinturas, criando uma narrativa sobre como a artista vê o mundo.
O Centro Cultural José Octávio Guizzo fica na Rua 26 de Agosto, n. 453, Centro de Campo Grande/MS.