O campus sede da Universidade Federal de Itajubá (Unifei) sediou, durante os dias 17 e 18 de outubro, o VI Seminário de Inclusão. Palestras, mesas redondas e outras atividades possibilitaram o debate sobre a diversidade e a inclusão no ensino superior. O evento foi realizado pelo Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAI), pela Pró-Reitoria de Graduação (PRG) e pela Diretoria de Assuntos Estudantis (DAE) da Unifei, e contou com o apoio da Diretoria de Assuntos Comunitários e Estudantis (Dace), do Núcleo de Estudos em Formação Docente, Tecnologias e Inclusão (Nefti) e da Escola Estadual Novo Tempo de Educação Especial.
O objetivo do seminário foi contribuir para o fortalecimento da formação inicial e continuada de professores no que tange à diversidade em sala de aula; potencializar as discussões sobre o empoderamento feminino nas áreas relacionadas às Ciências, visando, assim, à diversidade na sociedade e no contexto universitário, e reunir pesquisadores, professores e licenciandos para discutir e refletir sobre o processo de inclusão educacional de pessoas com deficiência.
No dia 17, o evento foi aberto com algumas exposições: a Mostra Cultural CAPs Bezerra de Menezes; a Mostra Científica, que expôs os trabalhos de iniciação científica desenvolvidos pelo NAI, e a Mostra de Acessibilidade e Comunicação Pedagógica.
Antes do início do seminário, o Coral da Unifei apresentou cinco canções e, às 18h30, a mesa de abertura do evento foi composta por Thiago Clé de Oliveira, pró-reitor adjunto de Graduação; Betânia Mafra Kaizer, assessora de Assuntos Estudantis; Tiago Vitoi Esau Ribeiro, da Dace; Isaura Felisberto Vassalo de Sá, supervisora da Escola Estadual Novo Tempo de Educação Especial, e a professora Paloma Alinne Alves Rodrigues, coordenadora do NAI.
Durante a abertura, foi salientada, pelos membros da mesa, a importância do evento para a Universidade e foi destacado que esta edição do Seminário de Inclusão focaria a figura da mulher.
Após esta cerimônia, a professora Silvia Meleti, da Universidade Estadual de Londrina (UEL), ministrou a palestra “O acesso de pessoas com deficiência no ensino superior brasileiro: uma análise de indicadores sociais e educacionais”.
O segundo dia do evento teve início com uma palestra ministrada por Tassia do Nascimento, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que falou sobre vozes afrofemininas na literatura. Em seguida, a professora Claudia Regina Vieira, da Universidade Federal do ABC (UFABC), conversou com os presentes sobre a utilização da língua de sinais em atividades escolares.
À tarde, Graciella Watanabe, da UFABC, conduziu o tema “Mulheres na ciência e as fronteiras sociopolíticas”. Ela destacou a presença da mulher na ciência e na sociedade, focando principalmente a participação feminina na academia, e falou sobre a importância de se discutir o machismo em seus vários aspectos e de problematizar o fato de a mulher ser silenciada.
A professora comentou sobre a diferença entre a quantidade de homens e mulheres no campo das Ciências Exatas, apresentando dados da Olimpíada Brasileira de Física (OBF) e da distribuição de bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Também foi destacada a necessidade de representatividade e de se estudar mulheres que fizeram história, como Lise Meitner, uma figura importante na área da Física Nuclear, que, segundo Graciella, não possui o reconhecimento que deveria ter. A palestrante tratou de outras questões que envolvem a mulher na Ciência, e os presentes puderam fazer perguntas a ela, que sanou as dúvidas, compartilhando suas experiências.
Outra palestra foi ministrada por Gabriela Tannus Valadão, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), com o tema “Desenho Universal para Aprendizagem (DUA) e/ou Planejamento Educacional Individualizado (PEI) para Inclusão Escolar?”.
A última palestra do evento foi feita pela professora Katiuscia Cristina Vargas Antunes, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), e abordou o contexto atual da inclusão educacional de pessoas com deficiências e outras necessidades educacionais especiais e os desafios para/da formação docente.