Nesta quarta-feira, 05 de dezembro, na sala 11, da Unidade I do campus de Marabá da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), foi realizada a última prova e a confraternização do curso da primeira turma do curso básico de Libras – Lingua Brasileira de Sinais, promovido pelo Núcleo de Acessibilidade e Inclusão Acadêmica (Naia/Unifesspa).
Concluíram o curso 24 pessoas, entre profissionais da rede municipal de ensino, professores, alunos e servidores da Unifesspa.
A coordenação do curso ficou a cargo da Prof. Dra. Lucélia Cavalcante e as facilitadoras Misserlani da Silva Moreira e Carla Andreza Reuter ministraram as aulas que se alternaram às terças e quintas-feiras e algumas aulas realizadas também aos sábados.
“Realizar o curso de Libras é importante para minha vida pessoal e profissional. Na vida pessoal agora posso me comunicar com a comunidade surda. Na vida profissional, como servidora pública posso contribuir com o fortalecimento da comunicação institucional, através desta ação de inclusão, que é um dos desafios e metas da Unifesspa atualmente, promovendo a acessibilidade dentro da universidade”, argumentou a secretária executiva da Unifesspa Pollianni Leão.
Para a professora do Centro de Atendimento Especializado na Área da Surdez (Caes) Luciene Mendes, a participação no curso de Libras acrescentou muito em sua vida profissional. “Eu já havia feito outros cursos, mas a metodologia utilizada pelas professoras da Unifesspa fizeram-me compreender e aprender ainda mais. Estou muito satisfeita e já quero participar da turma do curso intermediário de Libras, caso a Unifesspa venha ofertar”, destacou.
Segundo a profa. Rosely Veloso, da Escola Jonathas Pontes Athias, Cel. Anastácio de Queiroz e Felipa Serrão Botelho, a Unifesspa tem apoiado a realização desse curso, tendo em vista “a relevância da formação em Libras para o atendimento dos alunos com necessidades especiais, e para a verdadeira inclusão dos surdos na sociedade”.
“Esse curso para mim foi um diferencial. Eu como professora de Língua Portuguesa ficava intrigada com meu aluno surdo que tentava ler meus lábios. Um dia, na minha aula fiz uma pergunta escrita e ele me respondeu escrevendo a mesma pergunta que fiz. Eu saí dessa aula arrasada, entendendo que eu não estava me fazendo compreender para ele e decidir estudar a Língua Brasileira de Sinais. Fiquei apaixonada quando descobri que os surdos possuem uma comunidade, uma gramática, uma língua e não uma linguagem. Quis fazer este curso e a cada dia tenho descoberto que posso contribuir muito mais nessa área. Faço mestrado profissional em Letras (ProfLetras) na Unifesspa e estou me sentindo muito realizada porque ainda esta semana consegui realizar o questionário sobre a minha pesquisa com foco no ‘uso de tecnologia assistiva no processo de letramento dos surdos’ com os próprios surdos aplicando tudo o que aprendi nesse curso. Fiquei tão emocionada. Agradeço a Deus por sempre colocar “anjos na minha vida” e este curso foi um divisor de águas para mim. Obrigada Unifesspa”, concluiu emocionada a aluna Rosely.
Já as professoras Misserlani e Carla Andreza agradeceram a turma o seu empenho e dedicação nas aulas e se colocaram à disposição dos alunos. Falaram sobre o amor nutrido pela turma que se mostrou muito comprometida ao longo do curso.
Ao incluir a disciplina da Libras em sua grade curricular, a Unifesspa está, também, cumprindo as Diretrizes Curriculares Nacionais do Ministério da Educação, de políticas públicas de educação inclusiva.