Formar profissionais para lidar com aspectos diversos da saúde da criança e do adolescente, em áreas como genética, neurodesenvolvimento e doenças que afetam aparelhos e sistemas é a proposta de curso de especialização que a Faculdade de Medicina oferece a profissionais de enfermagem, psicologia, fisioterapia, terapia ocupacional, serviço social e odontologia.
Gratuito e com 12 vagas para entrada no primeiro semestre letivo deste ano, o curso de especialização em Saúde do Adolescente receberá inscrições a partir deste sábado, 12, até 5 de fevereiro, no Centro de Pós-Graduação (CPG), no quinto andar da Faculdade de Medicina, campus Saúde, de segunda a sexta-feira, exceto em feriados e recessos acadêmicos, das 8h30 às 11h30.
Com duração mínima de um ano e máxima de três, o curso tem carga horária global de 1,2 mil horas, sendo 705 horas em disciplinas obrigatórias, 195 em optativas e 300 horas em estágio supervisionado. O processo de seleção será realizado no dia 20 de fevereiro, por meio de análise de currículo e entrevista. O resultado será divulgado em 22 de fevereiro, no hall do CPG. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (31) 3409-9641 e no edital:
Formação
A adolescência compreende, por recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), os indivíduos de 10 a 20 anos de idade, o que no Brasil corresponde a cerca de 20% da população. O documento do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina que justifica a oferta do curso lembra que sistema público de saúde “ainda não tem políticas estabelecidas, ou pelo menos aplicadas, para o atendimento das necessidades de saúde dessa faixa etária”.
Informa ainda que se tem investido pouco nesse segmento populacional, em termos de saúde, “talvez sob a alegação de ser um período em que pouco se adoece”.
Ao demonstrar a importância da capacitação de docentes e de profissionais nessa área, o documento cita importantes problemas de saúde que acometem adolescentes, como gravidez não planejada, doenças crônicas como hipertensão, problemas ortopédicos, transtornos alimentares (obesidade, anorexia e bulimia), doenças sexualmente transmissíveis, em especial a aids, dependência de drogas, lesões e mortes por acidentes e pela violência e doenças psíquicas.