A UFMS, em parceria com a empresa Green Fuel, apresentou pela primeira vez o Sistema de Otimização de Combustível e Emissão de Gases, protótipo que utiliza células de hidrogênio na queima de combustíveis fósseis em motores automotivos.
A célula, que melhora a queima dos combustíveis fósseis, foi desenvolvida pelo empresário Roberto Sinai. Segundo ele, os motores disponíveis atualmente não queimam mais do que 96% do combustível disponível. Com o hidrogênio, esta queima será mais eficiente e não deixará resíduos, contribuindo com a redução da emissão de gases nocivos ao meio ambiente. “Se queima todo o combustível, não sobra resíduos para serem liberados no meio ambiente e o aproveitamento da parte do combustível que não seria queimado resulta na economia financeira”, explica Sinai.
O convênio entre a universidade e a empresa foi firmado há dois anos, quando Sinai constatou a necessidade de controle eletrônico da produção de células. “Eu ouvi na Rádio UFMS que a Universidade estava aberta a novos projetos e entrei em contato. Aqui, encontrei o professor Edson, que logo entendeu a necessidade de envergadura do projeto”.
O professor Edson Batista é coordenador do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica e auxilia a Green Fuel nos estudos sobre a célula e o controle eletrônico. Ele explica que os testes realizados no protótipo do sistema apresentam resultados positivos. “Nos testes que nós fizemos, mais de 10% do consumo de combustível foi reduzido e também reduziu os poluentes, então trata-se de um projeto com um potencial muito atrativo para a sociedade e de inovação muito relevante”, afirma.
O trabalho desenvolvido na UFMS também conta com a participação do Instituto de Física (Infi) e de acadêmicos, oferecendo uma equipe multidisciplinar para a resolução do problema. A Universidade tem o objetivo de se aproximar do setor empresarial e em dezembro foi lançado o Programa UFMS-PPG-Inovação, para que projetos desenvolvidos nos programas de pós-graduação stricto sensu sejam utilizados para propor soluções a desafios apresentados por empresas.
“Para nós é uma grande oportunidade essa busca por empresas parceiras que queiram desenvolver projetos de pesquisa com a nossa Universidade. Isso fortalece muito a multidisciplinaridade, essa participação de professores das mais diversas áreas na resolução de problemas, além de inserir nossos alunos na resolução”, declara a vice-reitora Camila Ítavo.