Procurador de justiça solicitou cooperação técnica da Universidade no caso
Na última sexta-feira (25), o procurador Antiógenes Lira buscou a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) para solicitar cooperação técnica no diagnóstico situacional sobre o bairro do Pinheiro. Em reunião com a reitora, Valéria Correia, foi oficializado o convite para que a Universidade acompanhe as investigações técnicas dos problemas geológicos e participe de um eventual projeto de recuperação da região.
Na reunião, também estiveram presentes a deputada federal Tereza Nelma, o promotor de justiça Adriano Jorge Correia, o pró-reitor de pesquisa e pós-graduação, Alejandro Frery, e as docentes pesquisadoras Regla Toujaguez e Juciela Cristina. A Universidade apresentou, na ocasião, um dossiê de competências técnicas, indicando pesquisadores que podem contribuir em suas respectivas áreas de conhecimento.
O procurador Antiógenes Lira destacou a necessidade de ter a Ufal presente no caso. “Temos aqui uma situação clara na qual a Universidade pode ajudar: além de ter pesquisadores que dedicam suas vidas a esses estudos, são pessoas que conhecem a região. Por mais que um estudioso de fora do estado seja especialista no assunto, aqui temos um know-how aliado ao entendimento da área”, enfatizou.
“Estamos formando um grupo de trabalho, do qual o nosso pró-reitor Alejandro Frery estará à frente. Depois do primeiro contato, a Propep já realizou um mapeamento prévio de pesquisadores que têm a contribuir no caso. A Ufal se disponibiliza para colaborar com todo o processo de enfrentamento dessa questão, já que temos especialistas no assunto e é papel da Universidade intervir em situações dessa magnitude, sempre em prol da sociedade alagoana”, finalizou a reitora.
Ainda durante a reunião, o promotor de justiça Adriano Jorge Correia ainda solicitou à reitora um acordo de cooperação técnica mais amplo entre a Universidade e o Ministério Público Estadual. De acordo com ele, a Ufal dispõe de conhecimento técnico-científico especializado nas mais diversas áreas, o que pode ser útil ao MPE em outras ocasiões. O acordo será oficializado ainda durante esta semana.
Entenda o caso
Entre fevereiro e março de 2018, após um período de chuvas intensas e de um tremor de terra com magnitude de 2,5 na Escala Ricther, começaram a surgir rachaduras no em residências e em ruas do bairro do Pinheiro, em Maceió. A situação vem piorando progressivamente desde então, com danos cada vez mais significativos em imóveis e avenidas. Em dezembro do ano passado, a prefeitura decretou situação de emergência, que foi reconhecida pela União algumas semanas depois. O Ministério Público Estadual (MPE) criou uma coalizão para acompanhar o andamento das investigações técnicas dos problemas geológicos e apoiar a população nas reivindicações judiciais.
Izadora García – relações públicas