A água é essencial para a existência da vida na Terra, pois além de compor de 50 a 70% do corpo humano, é utilizada para produção de alimentos e produtos, consumo humano e animal, execução de serviços, navegação, pesca e lazer e geração de energia.
Apesar de o Brasil possuir a maior reserva mundial de água, não está isento de sofrer com a falta desse recurso natural, visto que a localização geográfica da disponibilidade desse elemento é naturalmente desigual no território nacional. A região Sudeste possui a menor concentração de recursos hídricos, em contrapartida, apresenta a maior densidade demográfica do país, sendo que a disponibilidade hídrica do Estado de São Paulo é classificada como pobre (entre 1.500 e 2.500 m³/habitante/ano) segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).
O uso racional da água e a busca por maneiras inteligentes de evitar o desperdício se tornaram essenciais no dia a dia. A realização de manutenções preventivas a fim de detectar e reparar vazamentos, a troca de equipamentos convencionais por economizadores de água e a conscientização da população buscando a mudança de hábitos são soluções para diminuir o consumo de água.
Nessa perspectiva e em consonância ao que foi instituído pela Política de Excelência em Sustentabilidade da Unifesp (Pensa-Unifesp), a Pró-Reitoria de Administração (ProAdm), por meio da Divisão de Sustentabilidade do Departamento de Gestão e Segurança Ambiental (DGA-Unifesp), estabeleceu que março será o “Mês da água na Unifesp”, com o objetivo de promover boas práticas que visam à conscientização ambiental quanto ao uso racional da água na operacionalização da universidade.
Essa ação está alinhada ao que foi estabelecido no Capítulo 18 da Agenda 21, que declarou que no dia 22 de março celebra-se o Dia Mundial da Água, bem como também se inter-relaciona com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) no sentido de promover a eficiência do uso da água.
No início de 2015, o DGA-Unifesp elaborou e divulgou as Boas Práticas para economia de água direcionadas aos campi da universidade. Nesse período, passou a ser obrigatório o monitoramento mensal do consumo de água dos campi da universidade por meio do Sistema do Projeto Esplanada Sustentável (SisPES) e também foi implementado o Plano de Gestão de Logística Sustentável (PLS-Unifesp) que estabelece metas de redução do consumo, revistas anualmente.
Tais ferramentas proporcionaram redução de 28% no consumo institucional, comparando-se o consumo de 2018 ao de 2014, portanto, antes do uso do SisPES e da implementação do PLS-UNIFESP. Os campi que apresentaram maior redução do consumo no período foram Osasco (62%), Guarulhos (45%) e Baixada Santista (42%), além de São Paulo (25%), Diadema (22%), São José dos Campos (9%) e Reitoria (6%). Considerando-se que os campi estão em expansão, e que dessa forma a quantidade de prédios, imóveis e da população interna variou ao longo desse período, nota-se que foram efetivas as ações implantadas quanto ao uso racional da água.
Faça sua parte, use água racionalmente!