A Rede Cuidar, vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com os Departamentos de Fisioterapia, Biotecnologia, Fonoaudiologia, Psicologia e o Centro de Ciências Médias (CCM) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Instituto de Neurociências do Rio Grande do Norte (RN), Colégio de Londres e a Universidade de Nova Iorque (EUA), está desenvolvendo um projeto destinado ao tratamento de crianças portadoras de microcefalia.
O tratamento inclui avaliações, aplicações de estímulos elétricos visando melhorar as convulsões, bem como a qualidade de vida das crianças e de seus familiares.
De acordo com a professora Suellen Andrade, do Programa de Pós-Graduação em Neurociência Cognitiva e Comportamento (PPNCeC) da UFPB, o método é inovador e visa estimular o cérebro das crianças: uma corrente elétrica de baixa intensidade e segura para diminuir as convulsões e incentivar o desenvolvimento motor.
Ela disse que o método será implantado neste mês, antes, porém, as equipes envolvidas realizam uma série de avaliações. “Em fase inicial, o trabalho ocorre nas terças-feiras, no prédio do Programa de Pós-Graduação de Fisioterapia da UFPB, localizado no Campus de João Pessoa. Será um trabalho primeiro lugar no mundo”, adiantou.
Aos três anos de idade, Édson David é uma das 24 crianças com microcefalia que participa do projeto. Dona Edivânia Maria, mãe de Edson David, tem acompanhado seu filho nos exames e está otimista com relação ao tratamento. “Estou achando este trabalho muito interessante porque é mais uma possibilidade de melhora, tanto para o meu filho, quanto para os outros que também têm microcefalia”, observou.
A Coordenadora da Rede Cuidar, Juliana Soares, informou que a Rede conhece essas crianças desde que elas nasceram e, por meio da telemedicina ou encontros individuais e coletivos, tem acompanhado suas existências até agora. “É um trabalho de acompanhamento pediátrico e multiprofissional. Articulamos as lindas de cuidado e o tratamento adequado para melhoria da qualidade de vida das crianças e familiares”, concluiu Soares.
Mais informações pelo telefone: (83) 3216-7616.