Na quarta-feira, 10/04, a Universidade Federal de Uberlândia (UFU) deu mais um passo no processo de internacionalização da instituição. Representantes da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (Propp) e da Diretoria de Relações Internacionais e Interinstitucionais (Drii) se reuniram com coordenadores de programas de pós-graduação para apresentar o plano de implementação do Programa Institucional de Internacionalização da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (PrInt-Capes) na universidade.
A UFU é uma das 36 instituições do país que tiveram seus planos de internacionalização aprovados pela Capes para fazer parte do PrInt. Nelas serão investidos R$ 300 milhões, anualmente, de 2019 a 2022.
A seleção foi feita em 2018 por meio de diretrizes estabelecidas em edital. A princípio, foram selecionadas 25 universidades (entre elas a UFU) e centros de pesquisa. Após a fase de recursos, outras 11 foram incluídas.
No decorrer dos próximos quatro anos, a UFU vai receber R$ 12,9 milhões a serem investidos em bolsas e missões de trabalho. Os recursos já estão disponíveis na Capes e o processo de liberação das 100 bolsas do edital 01/2019 já está em andamento na universidade.
O apoio da Capes – órgão do Ministério da Educação – é dirigido à construção, implementação e consolidação de planos estratégicos das instituições selecionadas nas áreas do conhecimento por elas escolhidas. O intuito é incentivar a formação de redes de pesquisas para internacionalizar e aprimorar a qualidade da produção acadêmica vinculada à pós-graduação.
O UFU-Capes.Print reúne os 16 programas de pós-graduação que, na avaliação quadrienal da própria Capes, obtiveram pelo menos nota 4 (a escala vai de 1 a 7): Administração, Economia, Educação, Estudos Linguísticos, Geografia, Odontologia, Imunologia, Física, Química, Engenharia Química, Genética e Bioquímica, Ecologia e Conservação de Recursos Naturais, Engenharia Mecânica, Engenharia Biomédica, Engenharia Elétrica e Ciência da Computação.
Conforme destacou o pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação da UFU, Carlos Henrique de Carvalho, os agentes principais do processo de internacionalização são os programas de pós-graduação. “Não tem internacionalização se não tiver pesquisador”, afirmou, sobre o envolvimento deles na efetivação do intercâmbio com a comunidade científica internacional.
O programa institucional da UFU está articulado em duas grandes áreas: Tecnologias Convergentes e Recursos Ambientais (reúne quatro projetos de colaboração internacional) e Dinâmica Social, Qualidade de Vida e Saúde (agrupa outros cinco projetos de colaboração internacional).
A internacionalização se dará por meio da produção científica articulada e concentrada em temas. O diretor de Relações Internacionais e Interinstitucionais da UFU, Waldenor Barros Moraes Filho, observou que, para que toda essa articulação aconteça, mecanismos de apoio aos processos de internacionalização têm que ser criados institucionalmente.
Essa foi, revela o diretor, uma contrapartida com que a universidade teve que se comprometer. Implementar o projeto UFU-Capes.PrInt, fazer discussões sobre os projetos acadêmicos e superar as carências administrativas para a internacionalização são tarefas que deverão ser desenvolvidas simultaneamente.
“Nós estamos nos comprometendo com reflexões acadêmicas que possam contribuir para a discussão sobre o meio ambiente, recursos naturais, mudanças climáticas, produção de alimento, nanotecnologias e demais questões de interesse global da humanidade”, exemplificou. “São desafios coletivos que nós assumimos. Nós não estamos totalmente prontos, mas aceitamos o desafio”, declarou.
Tanto a adesão da UFU ao PrInt-Capes quanto o Plano Institucional de Internacionalização (PInt) da universidade para os próximos quatro anos foram aprovados pelo Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação (Conpep/UFU) em abril de 2018.