Nos dias 28 e 29 de março, o Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAI) da Universidade Federal de Itajubá (Unifei) realizou o III Ciclo de Formação Inclusiva. O evento aconteceu no auditório do Centro de Estudos em Qualidade da Energia e Proteção Elétrica (QmaP) com a presença de cerca de 60 pessoas, e a organização contou com a participação do Núcleo de Estudos em Formação Docente, Tecnologias e Inclusão (Nefti) e com apoio da Pró-Reitoria de Graduação (PRG).
O Ciclo de Formação Inclusiva tem como objetivos possibilitar a ampliação dos conhecimentos sobre a inclusão de alunos com deficiência auditiva e/ou surdez, oferecer aos docentes da Unifei um espaço para formação com profissionais renomados na área de surdez, ofertar conhecimentos sobre o processo de escrita e avaliação dos alunos surdos e também apresentar as potencialidades e limitações do uso da tecnologia para o processo de inclusão dos alunos surdos.
No evento foram oferecidas as oficinas “Cultura surda: Coisas que podemos e não podemos fazer ao lidar com os surdos”, com o palestrante Maxwell de Souza Damasceno, do Instituto de Ciências Tecnológicas (ICT), da Unifei do campus de Itabira, e “Sinais não é Libras”, com a professora Cláudia Regina Vieira, da Universidade Federal do ABC (UFABC), que ministrou ainda a palestra “As especificidades dos surdos e da língua de sinais”. Também foi realizada uma roda de conversa com o tema “A árdua tarefa da tradução – Trabalho colaborativo”.
Segundo a professora Paloma Alinne Alves Rodrigues, do Instituto de Física e Química (IFQ) e coordenadora do NAI, desde o momento em que a instituição recebe alunos com surdez, torna-se imprescindível ofertar ações de formação para lidar com esses sujeitos. “A inclusão desses alunos é prevista na Lei; logo, cada vez mais, as instituições federais irão receber alunos com diferentes tipos de deficiência. Sendo assim, a Unifei tem se configurado como uma referência do Sul de Minas Gerais sobre a inclusão de alunos com deficiência no ensino superior e tem buscado propiciar à comunidade informações sobre o assunto”, afirmou a professora.
Ela destacou que houve momentos ricos de diálogo e formação na reunião do grupo de pesquisa Nefti com os novos bolsistas de pesquisa do NAI, que estarão desenvolvendo investigações nas salas de tecnologia assistiva da Unifei e sobre a inclusão dos sujeitos surdos na Unifei. “Para finalizar, tivemos um espaço de diálogo apenas com os professores que estão atuando junto a alunos com surdez nesse primeiro semestre de 2019”, disse Paloma.
Já no dia 11 de abril, aconteceu, também no auditório do QmaP, o IV Ciclo de Formação Inclusiva, uma iniciativa da Escola Estadual Novo Tempo de Educação Especial e também do NAI da Unifei. Como no mês de abril comemora-se o Dia Mundial do Autismo, o evento contemplou este tema com a palestra “Alterações comportamentais do aluno autista: desafios diários”, com a doutora Rozana de Fátima Francisquin, mestra em Ensino em Ciências pela Unifei.
“Foram 190 inscritos para apenas 85 vagas. Isso demonstra a necessidade de abordarmos, cada vez mais, esse tema. Vale destacar que na Unifei há alunos que apresentam o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Desse modo, o objetivo do evento foi possibilitar aos docentes conhecimentos sobre esse transtorno”, disse a professora Paloma.
A coordenadora do NAI adiantou que, no mês de maio, será realizado o II Ciclo de Formação no campus da Unifei de Itabira com o mesmo tema, para que a comunidade dessa região possa também ser contemplada com informações sobre o TEA.
Mais informações sobre estes e futuros eventos do NAI e do Nefti podem ser acessadas pelo link: http://nefti.com.br/