A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) se reuniu no último dia 23 de maio com o ministro da Educação (MEC), Abraham Weintraub, para tratar da pauta estipulada pelo ministro, contendo os temas orçamento e a presença de parlamentares nos campi das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES). O encontro ocorreu na sede do MEC, em Brasília.
Participaram da reunião, representando a Unifesp, a reitora, Soraya Smaili, a chefe de Gabinete, Andrea Rabinovici, e o procurador chefe, Reginaldo Fracasso. Pelo MEC, além do ministro, estiveram presentes o secretário de Educação Superior (Sesu), Arnaldo Barbosa de Lima Jr, os assessores especiais Arthur Bragança e Auro Tanaka, além de outros integrantes do gabinete do Ministro. Também estiveram presentes os deputados federais da bancada paulista Herculano Passos (MDB/SP), coordenador da bancada, Roberto de Lucena (PODE/SP), e Paulo Teixeira (PT/SP). Embora o ministro seja professor da Unifesp desde 2014, foi a primeira vez em que ele e a reitora foram apresentados pessoalmente.
O ministro informou que irá liberar recursos emergenciais para o Hospital Universitário e que está priorizando, no orçamento de 2019, o ensino básico, os cursos técnicos e as creches, além de situações emergenciais das IFES, dada a situação de crise orçamentária, e que as demais demandas de contratos serão vistas caso a caso pelo MEC.
Weintraub esclareceu que, em breve, a SeSU apresentará propostas para incrementar o orçamento das IFES por meio de parcerias público-privadas, possibilitando a captação de recursos por parte dos docentes, dos departamentos e dos campi, alavancando opções de arrecadação que independam do MEC. De acordo com o ministro, algumas universidades, entre elas a Unifesp, possuem enorme potencial de geração de receitas, dando como exemplo, a criação de cursos de mestrado pagos. Sobre a cobrança de mensalidade, posicionou-se contrário a essa medida na graduação, mas acredita que na pós-graduação a gratuidade precisa ser revista. Em relação ao pedido do deputado federal Herculano Passos para a liberação das emendas parlamentares impositivas, o ministro disse que irá verificar, mas afirmou não poder prometer nada no momento e solicitou que sua equipe mantenha as tratativas sobre o tema com a Unifesp.
Ao defender a presença de espaço de pluralidade ideológica das universidades, Weintraub solicitou que as IFES recebam bem parlamentares de todos os partidos e posições políticas. A reitora da Unifesp reforçou durante a reunião que a instituição é plural, democrática e que recebe pessoas de todas as linhas de pensamento e partidos políticos, ressaltando que nunca foi filiada a nenhum partido político e que, enquanto gestora da instituição, tem recebido e convidado a todos(as) que queiram conhecer, apoiar e participar das atividades da Unifesp, como aconteceu com as visitas recentes do deputado federal Kim Kataguiri (DEM/SP) e da senadora Mara Gabrilli (PSDB/SP).
Na ocasião o procurador Reginaldo comentou sobre diversas parcerias em andamento na Unifesp e Soraya Smaili entregou ao ministro documentos que mostram os resultados obtidos pela Unifesp nos principais rankings acadêmicos nacionais e internacionais bem como dados de formação de professores da instituição.