Estudo conta com financiamento da Fundação Volkswagen e apoio da Positiva – Diretoria de Inovação e da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento (Fade) da UFPE
No estudo, serão entrevistados profissionais de saúde e de educação
Investigar como profissionais de saúde e de educação que lidam com crianças com a Síndrome Congênita do Vírus Zika (SCZ) veem a questão da inclusão escolar na educação infantil e nas creches é o objetivo da pesquisa que será coordenada pela professora Silvia Fernanda de Medeiros Maciel, do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O estudo, cujo artigo final está previsto para dezembro, conta com financiamento da Fundação Volkswagen e apoio da Positiva – Diretoria de Inovação e da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento (Fade) da UFPE.
“Com nossa pesquisa, pretendemos sistematizar informações que poderão orientar positivamente a inclusão dessas crianças (e de outras crianças) no cenário educacional”, explica a professora, que vai trabalhar em conjunto com o professor José Maurício Hass Bueno, também do Departamento de Psicologia, e com uma equipe de estudantes de Psicologia. Além de proporcionar informações sobre demandas específicas de inclusão de crianças com a SCZ, a ideia é gerar impacto para o desenvolvimento da inteligência emocional dos educadores que atuam com a primeira infância.
A equipe vai entrevistar profissionais de saúde (médicos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, enfermeiros, psicólogos) e de educação (professores, diretores de escola, pesquisadores, auxiliares de sala de aula de educação infantil, psicólogos) para mapear os temas fundamentais na formação de educadores que trabalharão com essas crianças no cotidiano de creches e de outras instituições de educação infantil. “Também investigaremos as competências emocionais de educadores de creches e instituições de educação infantil, com o objetivo de mapearmos o perfil emocional desses profissionais”, afirma.
“Como produto, a pesquisa prevê, inicialmente, a produção de um artigo científico com os dados do estudo. Contudo, pretendemos que, a partir dos dados obtidos, possamos criar uma proposta de intervenção capaz de capacitar profissionais de Educação Infantil para lidarem, no cotidiano escolar, tanto com crianças com a SCZ, como com crianças com outras demandas de inclusão. Nossa ideia é que, em 2020, com os dados da pesquisa sistematizados, analisados e publicados, possamos estabelecer um programa de formação para profissionais de educação que atuam com a primeira infância”, completa.