Ocorreu na tarde de segunda-feira (22) a mesa-redonda “Envelhecimento Populacional: potenciais impactos no ensino, pesquisa e assistência na área da saúde”. A ação foi oferecida pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), sendo composta pelo Dr. Carlos André Uehara, presidente da SBGG, e Dra. Karla Giacomin, professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Karla Giacomin explica que o envelhecimento populacional é o aumento de proporção de pessoas idosas no conjunto da população e comenta sobre a importância da discussão do tema. “Esse cenário muda tudo, muda as nossas necessidades de educação, muda as nossas necessidades de formação profissional, como por exemplo para engenharia, para arquitetura, para farmácia, para medicina, para todas as ciências da saúde, para ciências humanas, ciências sociais, então é um fenômeno que afeta todas as áreas”.
Segundo Uehara, a população brasileira vem sofrendo grande envelhecimento, sendo mais acentuado a partir da década de 1980. Foi observado que entre os anos de 2012 e 2018 houve um aumento de 18% na população de idosos. Esta situação também vem acompanhada de um aumento no número de pacientes acometidos por doenças crônicas não transmissíveis. Esse panorama, por sua vez, pode acabar ocasionando um grande impacto no sistema de saúde.
Outro ponto comentado foi a necessidade de políticas públicas que objetivem melhorias para a qualidade de vida dos idosos, tais como construção de centros de convivência e a valorização do idoso na sociedade. Também foi discutido durante a mesa a falta de regularização da atividade de cuidador de idosos, que hoje no Brasil ainda não é considerada uma profissão devido à ausência de diretrizes que orientem essa atividade, sendo necessária urgência nesse processo de regulação, uma vez que a população de idosos cresce.