A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), por meio do Núcleo Interdisciplinar de Estudos em Planejamento Energético (Niepe), vinculado à Faculdade de Economia (FE), entregou ao governo do Estado na manhã desta segunda-feira (12), durante o Seminário “Preparando Mato Grosso para a Transição Energética: Fontes renováveis e Eficiência”, estudos que abordam o balanço energético do ano passado; a matriz energética de 2036; a avaliação dos potenciais de geração e uso de energias renováveis; e o plano estratégico para o desenvolvimento de energia renováveis.
“A UFMT está dando uma contribuição significativa para que o Estado tenha em seu aparato e saiba também sobre a questão de logística de como a gente concentrar esforços e políticas públicas para a produção industrial e desenvolvimento de Mato Grosso”, disse o vice-reitor, no exercício da reitoria, professor Evandro Soares.
Em seu discurso, o coordenador do Niepe, professor Aluisio Brígido Borba Filho, destacou que os documentos que foram entregues podem apresentar a realidade do potencial do Estado tanto no presente quanto no futuro. “A matriz energética é para 2036. O balanço energético, com base em 2017, tem um reflexo em um grande futuro. Precisamos pensar o que foi Mato Grosso há 10, 15 anos, e transportar essa possibilidade como está hoje para os próximos anos. Por isso o pensamento aqui é para o futuro, com bases sólidas. Pensar no que é possível, no que é real, para ter um desenvolvimento de fato condizente com que a sociedade espera” destacou.
Exemplo e iniciativa
O engenheiro Ivo Leandro Dorileo, vice-coordenador do Niepe, pontuou que, com o desenvolvimento e apresentação das pesquisas, a UFMT reafirma seu papel de agência de desenvolvimento em Mato Grosso no ensino, na pesquisa e na extensão. “Temos a oportunidade de entregar vários trabalhos que contribuem efetivamente para o setor energético do Estado e também para o planejamento energético nacional”, afirmou. “Mato Grosso está dando exemplo para o Brasil. O balanço energético entregue, por exemplo, é o único País que é feito por mesorregiões. Nós temos um planejamento energético regional de primeira qualidade se nós quisermos efetivamente implantá-lo”, acrescentou.
O presidente do Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso (Sindenergia), Eduardo Oliveira, afirmou que o Estado é riquíssimo tanto pelo agronegócio como por todo potencial ativo econômico de biomassa e biogás. “Para isso, a gente precisa de uma política pública, uma definição de como queremos usar todo esse potencial e atrair investimentos. O que estava faltando era um planejamento estratégico e louvo a iniciativa do Niepe de apresentar um plano, que será discutido hoje”, finalizou.
O seminário, que também comemora os 20 anos de criação do Niepe, está sendo realizado no auditório “Milton Figueiredo”, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso e segue até às 17h30. No período da tarde haverá palestras, mesas redondas e debates.