Fórum discute dois temas estratégicos para as instituições federais de Ensino Superior: o desbloqueio do orçamento e o Programa Future-se.
Começou na segunda-feira, 26 de agosto de 2019, na Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), a 3ª Reunião Ordinária do Fórum Nacional de Pró-Reitores de Planejamento e de Administração das Instituições Federais de Ensino Superior (Forplad). Nesta edição, o Fórum debate o desbloqueio do orçamento das universidades e institutos federais de todo país, além do programa Future-se, do Governo Federal. Mais de 80 pró-reitores devem participar do evento, que prossegue nesta terça-feira, 27, e na quarta, 28, no Hotel Barrudada, em Santarém (PA).
A solenidade de abertura ocorreu na tarde do dia 26, no auditório da Unidade Tapajós. A mesa de abertura contou com a presença do reitor da Ufopa, Hugo Alex Diniz; da vice-reitora, Aldenize Xavier; do Coordenador Geral do Forplad, Tiago José Galvão das Neves, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE); da Coordenadora Regional do Forplad, Kleomara Gomes Cerquinho, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam); do Pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional da Ufopa, Rogério Favacho da Cruz; e da Pró-reitora de Administração da Ufopa, Sofia Campos Rabelo.
“O nosso terceiro Fórum chega em Santarém para discutir dois pontos importantes. O primeiro é o financeiro, que é uma preocupação de toda a sociedade”, afirmou, durante a abertura, o Coordenador Geral do Forplad, Tiago José Galvão das Neves. “Vamos discutir o desbloqueio do orçamento das instituições federais de Ensino Superior e também o programa Future-se, que vai ser analisado de forma bem crítica e técnica. Na realidade, vamos analisar o documento apresentado pelo Governo Federal. Vamos discutir tecnicamente a proposta que está em consulta pública”.
Pró-reitores de Planejamento e Administração participam da abertura do Forplad em Santarém.
“Para nós é muito importante receber um Fórum como este, dessa magnitude, nesse momento em que a Amazônia está no foco das discussões nacionais e internacionais. Então, esse Fórum ocorre no local certo e no tempo certo, trazendo a atenção das universidades do país para a nossa região”, afirmou, na abertura, o reitor da Ufopa, Hugo Diniz. “Os desafios são grandes, mas as equipes das universidades são muito competentes, e vejo oportunidades, mesmo nesse momento de poucos recursos. O que precisamos agora é aumentar a nossa integração e a nossa eficiência na utilização desses recursos”.
Gestão – Após a solenidade, Hugo Diniz fez uma apresentação institucional sobre a Ufopa, que vai completar dez anos em novembro deste ano, destacando os pontos fortes e fracos da universidade, além das ameaças e oportunidades. O reitor também fez um balanço de sua gestão, que completa um ano e cinco à frente da universidade. “Avançamos na gestão de setores estratégicos como orçamento, obras, contratos e compras. Também avançamos na redução dos custos com aluguéis, pois conseguimos desocupar dois prédios alugados em Santarém”, explica.
Para Diniz, 2018 foi o ano da infraestrutura, com a retomada de obras paradas e licitação para construção de novos prédios nos campi de Santarém, Itaituba e Alenquer. “A universidade hoje é um canteiro de obras”, afirma. Já 2019 é o ano da gestão integrada, com destaque para a implementação do Comitê Gestor de Programas Institucionais e do Comitê Gestor de Obras (CGO), coordenado pela vice-reitora da Ufopa, Aldenize Xavier que, na palestra seguinte, falou sobre os principais desafios na gestão das obras da universidade.
O primeiro dia do Forplad contou ainda com a participação do Secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica, Carlos Edilson de Almeida Maneschy, que ministrou palestra abordando a importância da ciência para o desenvolvimento da Amazônia. Para o ex-reitor da Universidade Federal do Pará (UFPA) e ex-presidentes da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), a Amazônia é um espaço estratégico para o desenvolvimento nacional e para o intercâmbio com outras nações.
Carlos Maneschy, Secretário de Estado de Ciência e Tecnologia.
“No entanto, a região ainda vive com um modelo de exploração econômica semelhando ao do Brasil Colônia, com alta concentração de renda”, explica Maneschy. Dentre os desafios apresentados durante a palestra, pelo Secretário, destacam-se: a transformação do capital natural da Amazônia em ganhos econômicos e sociais com segurança ambiental; a redução de assimetrias históricas observadas nos indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação; e a atribuição de valor econômico à floresta em pé. “É possível atender grande parte dos anseios e necessidades da população da Amazônia, mesmo em curto espaço de tempo, revertendo o quadro da desigualdade social, econômica e ambiental que hoje se verifica em grande parcela da região”.