Trabalho revolucionou o pensamento sobre as questões de preservação e conservação do meio ambiente sendo uma referência para a legislação de vários países
O livro Almanaque de um condado arenoso e alguns ensaios sobre outros lugares, do americano Aldo Leopold, acaba de ser traduzido pela Editora UFMG. Desde que foi publicado pela primeira vez em 1949, este livro tem influenciado leitores no mundo todo. Ele já foi traduzido em 12 países e contabiliza 3 milhões de cópias vendidas. O autor é ainda pouco conhecido dos brasileiros, mas seus estudos sobre conservação e preservação do meio ambiente influenciaram as práticas ambientais e a legislação de vários países, entre eles o Brasil. Aldo escreve sobre sua experiência ao longo de 40 anos de carreira como profissional da engenharia florestal, da ecologia da vida silvestre, trabalhando no planejamento do uso do solo para o governo americano. Como professor universitário, lecionou Manejo de Fauna na Universidade de Wisconsin-Madison, emergindo como um dos principais líderes entre os defensores da preservação das áreas selvagens e do uso racional dos recursos naturais.
A publicação não poderia ser mais atual para os nossos tempos. De acordo com o tradutor do livro e professor da Universidade Federal de Viçosa Rômulo Ribon, as situações de degradação e destruição ambiental com as quais o pesquisador se deparou ao longo de sua trajetória têm grande paralelo com o Brasil de hoje. Ele fala sobre o assunto em entrevista completa para o canal da Editora UFMG.
*Entrevista com Rômulo Ribon
Por Danielle Menezes
(encurtador.com.br/bepxS)
Almanaque de um condado arenoso
E alguns ensaios sobre outros lugares
Aldo Leopold
Rômulo Ribon (Tradução)
Charles W. Schwartz (ilustrações)
Editora UFMG
Obra avulsa
Área: História Natural | Meio ambiente
Tiragem: 1000 exemplares
2019, 1ª Edição, 286 pag. ISBN: 978-85-423-0275-2
Formato: 22,0 x 1,6 x 14,0 cm
Peso:385 grs
Preço: R$ 59,00
Nascido em Iowa em 1887, Aldo Leopold iniciou sua carreira em 1909, quando ingressou no Serviço Florestal dos Estados Unidos. Suas propostas surgiram a partir de pesquisas com manejo de fauna, de seu trabalho como professor na Universidade de Wisconsin-Madison, da prática da conservação em seu próprio sítio e de uma profunda paixão pelas atividades ao ar livre, como a caça, a pesca, os passeios a pé ou a cavalo por trilhas em áreas selvagens e a observação da natureza, “um direito tão inalienável como a liberdade de expressão”. Aldo faleceu em 1948, combatendo um incêndio na propriedade de seu vizinho, logo após tornar-se conselheiro das Nações Unidas sobre conservação. Seu legado de preservação da vida selvagem é reafirmado em 1977, com a concessão da medalha John Burroughs de distinção no campo da história natural, homenagem recebida postumamente por seu trabalho e, em particular, por Almanaque de um condado arenoso.