‘Almanaque de um condado arenoso e alguns ensaios sobre outros lugares’ é obra seminal da área de ecologia e conservação
Ilustração de Charles W. SchwatzReprodução | Almanaque de um condado arenoso
Em agosto, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) detectou quase 40 mil focos ativos de queimadas na Amazônia legal, número que é mais do que o dobro do registrado no mesmo mês de 2018. Como no Brasil a quase totalidade das queimadas é causada pelo homem, e uma das principais razões para o fogo é o desmatamento, as imagens da floresta em chamas revoltaram aqueles que se preocupam com a preservação do seu mais importante bioma.
É nesse contexto que a Editora UFMG traz para o mercado brasileiro o livro Almanaque de um condado arenoso e alguns ensaios sobre outros lugares, do filósofo ambiental estadunidense Aldo Leopold (1886-1948), obra seminal da área de ecologia e conservação. Traduzido por Rômulo Ribon, professor da Universidade Federal de Viçosa e doutor em ecologia, conservação e manejo da vida silvestre, o livro é marcado por uma crítica ao antropocentrismo e ao caráter devastador das intervenções humanas sobre os ecossistemas.
“Descontando-se as particularidades da história, geografia e espécies da fauna e da flora norte-americanas, o livro se aplica a qualquer situação do mundo – inclusive à nossa, brasileira”, afirma o tradutor.
Matéria sobre a obra foi publicada na edição 2.074 do Boletim UFMG, que circula nesta semana em versão digital.