No dia 3 de outubro, será inaugurado no campus sede da Universidade Federal de Itajubá (Unifei) o novo espaço do MakerSpace e Coworking, ambiente de trabalho compartilhado que fomenta a criatividade e a cooperação entre os seus usuários. Ele foi construído no Instituto de Engenharia de Produção e Gestão (IEPG) e já está em fase de testes desde setembro.
Para o evento de inauguração, está prevista a presença do Secretário de Educação Superior do Ministério da Educação (MEC), Arnaldo Barbosa de Lima Júnior, o subsecretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Governo do Estado de Minas Gerais sr. Victor Lobato Garizo Becho e o Coordenador-Geral Substituto de Empreendedorismo Inovador do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).
MakerSpace e Coworkings são ambientes abertos à inovação e à criatividade, seja pelo seu design inovador e comodidade oferecida, seja pelas pessoas que os frequentam. São espaços que aumentam a acessibilidade a unidade e a diversidade de um ecossistema empreendedor. Costumam frequentar esses espaços freelancers, empreendedores, startups ou qualquer time pequeno de pessoas que buscam um ambiente que lhes permitam produzir e transformar ideias inovadoras em novos negócios e produtos.
Com registros de sua idealização e implantação em diversos lugares no mundo desde 2005, os coworkings foram um fenômeno que se espalhou por todo o mundo. Em 2007, havia cerca de 75 coworkings no mundo inteiro. Já em 2018, esse número passou dos 14.000.
Com uma cultura empreendedora consolidada, iniciada desde a década de 1990, a Unifei torna-se pioneira entre as instituições de ensino superior, inaugurando o Coworking empreendedor no meio universitário, visando promover o pensamento cultivado pelo Centro de Empreendedorismo Unifei (CEU), fundado em 2013.
A construção desse complexo surgiu da necessidade de ampliação do espaço de atendimento para a formação de empreendedores, já que cerca de 2000 pessoas por ano participam das ações desenvolvidas pelo CEU e IEPG na Unifei. Além disso, espera-se atrair mais alunos e atores externos para participarem de projetos de cunho empreendedor promovidos na Universidade.
Coworking
O espaço Coworking da Unifei é dividido em: open office, destinado à operação das startups pré-aceleradas e residentes, capacitações e aulas de empreendedorismo; células de trabalho, criadas para receber peer meetings, brainstormings, design sprints e produção de conteúdo, e uma arquibancada, com espaço para acomodar até 40 pessoas para palestras.
Segundo a professora Juliana Caminha Noronha, diretora de Empreendedorismo e Inovação da Unifei e coordenadora do CEU, desde 2016 30 startups passaram por programas de aceleração da Universidade, seja como participantes ou como residentes, atualmente, 6 estão incubadas. “Das que saíram da Unifei, várias causaram alto impacto, levantando mais de R$ 30 milhões em investimentos, desde então. Em pouquíssimo tempo, a Unifei já gerou bastante impacto em todo o Brasil”, disse ela.
MakerSpace
No mesmo local onde foi construído o Coworking também está inserido o MakerSpace. A intenção foi criar nesse ambiente um complexo de inovação e empreendedorismo. Inicialmente, a ideia desse espaço partiu do professor Fábio Roberto Fowler, do IEPG. Porém, a ideia logo tomou proporções maiores, fazendo com que outros membros da Universidade se envolvessem, em especial a professora Juliana Caminha Noronha e o professor Edson de Oliveira Pamplona, ambos do IEPG; o professor Dagoberto Alves de Almeida, e o professor José Arnaldo Barra Montevechi em nome da Reitoria, e o servidor Alessandro Augusto Nunes Campos, da Pró-Reitoria de Extensão (Proex). O projeto também contou com o apoio da equipe da Proex, do IEPG, Diretoria de Obras e Infraestrutura (Dobi) e da Diretoria de Serviços Gerais (DSG).
Nos dias 27 e 28 de setembro, o MakerSpace Unifei esteve aberto durante todo o dia para receber a comunidade e mostrar as possibilidades de atuação que ele pode oferecer às pessoas.
De acordo com a professora Juliana, para a reforma e a adaptação dos espaços, a Unifei investiu em torno de R$ 200 mil na obra civil. Houve também o investimento em serviços e equipamentos por parte do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e da então Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sedectes), atual Secretaria de Estado de Desenvolvimento (Sedes). A idealização do projeto foi feita pela arquiteta Marina Leal Mendonça, da empresa Traço Leal Arquitetura.