SÃO LUÍS – Entrevistas com estudantes de Gana, Benin, México, Guiné-Bissau, Colômbia, Angola e Peru: o que pode parecer, em primeiro momento, uma reunião da Organização das Nações Unidas é, na verdade, um produto de audiovisual do projeto Olhares do Brasil, que traz, em depoimentos em vídeo, diferentes visões e experiências sobre a ideia de internacionalização de alunos estrangeiros da UFMA.
Ao todo, sete alunos de cada nacionalidade participaram das gravações, respondendo perguntas sobre os motivos que os trouxeram ao Brasil, assim como suas dificuldades em se adaptar às vivências da universidade e do Maranhão. A produção foi toda construída pelos estudantes-pesquisadores do projeto e da Universidade Federal do Maranhão.
O produto se desenvolveu em três etapas. Na primeira, o grupo Olhares discutiu os pontos principais que constituíram a base da entrevista no que diz respeito à internacionalização feita na UFMA, sob o olhar do aluno estrangeiro. Além disso, questões como locação, figurino e direção também foram debatidas.
A partir de então, as entrevistas foram feitas pelos estudantes Ana Lídia Sousa, do curso de Relações Públicas, e Bruno Sodré, de Rádio e TV. As filmagens contaram com o apoio dos técnicos Gilson Silva e Giovane Guterres, do Laboratório de TV da UFMA. “É uma ação muito didática para os alunos de Rádio e TV, Jornalismo e Relações Públicas, pois eles passam por etapas que são previstas no seu percurso acadêmico. E colocar isso na prática, tentando entender a perspectiva do outro que não é do seu país, torna-se um aprendizado a mais”, comenta a coordenadora do projeto, Josie Bastos.
Após essa fase de gravação, o produto partiu para sua terceira etapa: edição dos vídeos, feita por Bruno Sodré, em que foram escolhidas as principais partes dos depoimentos. A direção de arte foi realizada pela estudante de Design Fabiane Ferreira.
“Eu, que tenho um sonho de fazer mobilidade, gostaria muito de ser bem recebido em outro país. E é isso que estamos tentando fazer por meio de peças audiovisuais como essa. Então, para mim, é importante fazer parte desse projeto”, comentou o graduando Bruno Sodré.
Josie Bastos afirmou que as questões teórica e prática estão alinhadas nesse processo também, pois a internacionalização vai ser analisada a partir da fala do outro. “Temos a chance de confirmar ou não se o que os autores das teorias em internacionalização dizem está de acordo com a vivência do aluno”, completou.