Em celebração ao Dia Mundial dos Animais, comemorado no dia 04 de outubro, a Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), através do Hospital Veterinário Mário Dias Teixeira (HOVET), do Instituto da Saúde e Produção Animal (ISPA), do Curso de Medicina Veterinária e da Comissão de Residência Multiprofissional, realizou a primeira edição do “Cidadania Animal”. A ação, que ocorreu no campus Belém, buscou conscientizar a população sobre cuidados básicos, direitos e guarda responsável de animais.
De acordo com a diretora do HOVET, Márcia Figueiredo, o objetivo principal foi orientar os tutores de animais, especialmente cães e gatos, mas também silvestres, com foco na questão do bem-estar e do combate aos maus tratos. “No momento em que você decide ter um animal, é importante se fazer a pergunta: quais são os cuidados que eu preciso ter? O animal precisa de uma alimentação adequada, precisar ser bem cuidado, precisa de espaço – não precisa estar amarrado no quintal – e assistência veterinária. Ter um animal é ter responsabilidades, e não deixá-lo na primeira dificuldade”, afirma.
A ação mobilizou servidores do HOVET, médicos veterinários residentes do Programa de Residência em Medicina Veterinária e alunos das disciplinas de Parasitologia Veterinária, Farmacologia Geral e Doenças Virais. Com apoio de empresas parcerias, a equipe promoveu orientações a respeito de doenças, alimentação, vacinação, vermifugação, banhos, castração, entrou outros. Além disso, houve doação de ração e foram oferecidos os serviços de teste de leishmaniose e vacinação antirrábica.
Um dos estandes da ação era o do Outubro Rosa Pet, que busca conscientizar sobre o câncer de mama em gatas e cadelas. Cláudia Carvalho, residente da Ufra da área de Reprodução, explica que esta é a alteração mais comum nesse grupo de animais, e é influenciada por fatores como uso de contraceptivos, raça e alimentação. Todos os dias, os veterinários do HOVET recebem diversos casos de tumor mamário, muitos deles em estágio avançado, devido à própria falta de informação dos tutores com relação aos sintomas e à doença.
“O tutor nos procura ou quando visualizou o nódulo há pouco tempo ou quando visualizou há mais tempo, mas esperou ficar bem maior e ulcerado para procurar ajuda, muitas vezes sem saber que pode ser um câncer. Ou, ainda, quando o animal já parou de comer”, relata a veterinária. Durante a ação, foram distribuídos folhetos informativos sobre os sinais clínicos da doença e prevenção, com orientações sobre a realização de palpação periódica nas mamas das cadelas e gatas.UF
A estudante Ádria Brito soube do “Cidadania Animal” pelas redes sociais e levou a cadela Anabela, de 1 ano, que recebeu a vacina antirrábica e fez o teste para a leishmaniose. “Recebi diversas orientações, inclusive sobre reprodução, porque eu quero que a Anabela tenha filhotes. Foi muito bom ter vindo nessa ação”, disse. “Ela é a razão da minha vida quando chego em casa hoje em dia”, declarou a estudante.