O Piauí está atento! O Grupo de Estudos Sobre Doenças Infecciosas e Outros Agravos (GEDI/CNPq) junto com o Núcleo de Pesquisa em Prevenção e Controle de Infecções em Serviços de Saúde, (NUPCISS) da Universidade Federal do Piauí (UFPI), deram início na manhã desta terça-feira (29) ao I Seminário Regional sobre Sífilis. O evento acontece concomitantemente com o II Fórum Regional de HIV e Hepatite B, a II Mostra de trabalhos Científicos sobre Prevenção e Controle de Infecção e a II Reunião da RENAIDST. A programação dos 3 eventos acontece nos dias 29, 30 e 31 de outubro.
“Vivemos em um país onde o cenário das infecções sexualmente transmissíveis está em plena ascensão especialmente a Sífilis, o HIV e as Hepatites.” disse a Profa. Dra. Rosilane de Lima Brito Magalhães em sua fala que deu início ao I Seminário Regional sobre Sífilis, que aconteceu no auditório do Conselho Regional de Enfermagem do Piauí (Coren/PI). Ainda segundo a Dra. Rosilane, a ascensão dessas infecções acontecem, provavelmente, por falta de controle permanente e persistente na condução de cada caso, nas diferentes populações dentro do cenário da população em saúde.
A Profa. Dra. Nadir Nogueira, Vice-Reitora da UFPI, destacou a importância de mostrar não só a magnitude da Sífilis nos dias atuais, mas também o compromisso que a Universidade possui no enfrentamento dessa doença. Dessa forma, a Vice-Reitora ainda destacou a importância dos Programas de pós-Graduação e o protagonismo da Enfermagem. “A Enfermagem tem o tamanho do que ela representa em termo de compromisso, em termo de trabalho, de inovação, de pesquisa. E aqui a gente tá vendo na programação temas extremamente importantes e que vão colocar o Piauí certamente num cenário extremamente relevante no que diz respeito ao enfrentamento dessas doenças”, disse.
As pesquisas desenvolvidas em Teresina pelo Grupo de Estudos sobre Doenças Infecciosas e outros agravos (GEDI) mostram a alta prevalência de Sífilis em diversas populações, o que se torna motivo de bastante preocupação quando as prevalências são mais elevadas em gestantes, com desfechos de transmissão vertical, ou seja, transmissão da mãe para o filho.
O histórico da sífilis mostra que falar sobre da doença é trazer para a discussão uma doença milenar. A Dra. Elucir Gir, Professora da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP) trouxe em sua conferência dados sobre esse histórico. Os registros datam evidências da doença desde 2637 a.C. “A sífilis desde 2637, até hoje – estamos aqui – é motivo, é tema de um evento, é tema de várias conferências deste seminário.” ressaltou.
O Dr. Gerson Fernando Mendes Pereira, Epidemiologista e representante do Ministério da Saúde, trouxe em sua conferência de abertura dados que reiteram a importância da discussão de doenças como a Aids no cenário nacional atual. Ainda ressaltou a importância de se olhar para as Coinfecções, que tem sido causas de um grande percentual de óbitos no Brasil.“Nós temos pelo menos 12 mil mortes por aids nesse país e 30% das mortes são relacionadas a Coinfecção TB-HIV“, alertou.
Representando o Centro de Ciências da Saúde da UFPI (CCS), o Prof. Dr. Viriato Campelo, atual diretor do CCS, ressaltou que os três eventos possibilitam uma integração entre ensino e serviço, diminuindo qualquer dificuldade que ainda possa haver nesse entrosamento. Nesse aspecto, a Universidade mais uma vez cumpre o seu papel de ultrapassar as barreiras da instituição que apenas forma, mostrando seu compromisso de promover eventos que culminam com as necessidades de saúde da população local, regional e nacional.
O Evento contou com a participação de pesquisadores renomados, conferências, mesas redondas e oficinas e teve como público alvo graduando e pós-graduandos da área da saúde, profissionais da estratégia saúde da família e populações específicas como o surdo.
Confira mais fotos