Ação faz parte da rede de solidariedade para construção de equipamentos de proteção individual destinados aos profissionais de saúde do município
O alto contágio do coronavírus (COVID-19) exige dos profissionais de saúde o uso de vestimentas e equipamentos específicos para enfrentar a pandemia. O campus Curvelo do CEFET-MG está contribuindo nessa batalha com a impressão de peças para máscaras de proteção em impressora 3D, que já estão sendo distribuídas gratuitamente aos hospitais da cidade.
A partir da escassez desse tipo de equipamento para uso em larga escala no Brasil e no mundo, surgiram diversas alternativas de produção, incluindo com o uso de impressoras 3D. Uma delas é encabeçada pelo engenheiro mecânico Caio Simões, que mora em Curvelo. Caio estudou sobre a produção das peças, testou protótipos e começou a impressão de peças e a montagem de máscaras Face Shield, modelo reconhecidamente seguro para a proteção individual. Logo em seguida, contou a adesão do professor do curso técnico em Eletrotécnica do campus Curvelo, Allan Ferreira Pinto. Hoje, já são quatro impressoras em Curvelo nessa parceria.
Allan explica que a diretoria do campus liberou a compra do filamento feito de Ácido Polilático (Polylacticacid – PLA), material com base vegetal e biodegradável usado para impressão em 3D. Desde a tarde da última segunda-feira (30), a impressora do professor, que é usada pelo CEFET-MG, está voltada para a produção do arco que estrutura a máscara.
A ação já entregou 30 máscaras para o Hospital Imaculada Conceição e outras oito estão prontas para serem entregues ao Hospital Santo Antônio, ambos em Curvelo. O objetivo é produzir em maior escala para atender a demanda do município. Com isso, a partir dessa semana, uma empresa local dará início ao corte a laser do acetato (material transparente que cobre o rosto do usuário).“Buscamos contribuir com a sociedade curvelana no combate à pandemia, visto a necessidade de proteção dos profissionais da saúde que estão na linha de frente”, explica o professor.
Para Caio, o CEFET é um elo importante nessa iniciativa. “A população pode contribuir por meio do conhecimento e o CEFET-MG entra nessa rede de apoio, como centro de tecnologia da cidade. Quanto mais pessoas estiverem pensando e buscando soluções, maiores as chances de passarmos por essa situação com danos reduzidos e sairmos mais fortes do que nunca”, afirma.