Universidade é uma das parceiras do empreendimento, que vai disponibilizar 740 leitos e contar com a participação de estudantes da área de saúde
Dirigentes da UFMG e da Faculdade de Ciências Médicas inspecionam ala em que devem atuar concluintes dos cursos de saúde das duas instituições
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Giovanne Gomes da Silva, e profissionais da saúde militares que atuarão no hospital de campanha: “apoio da UFMG nos dá tranquilidade”
A importância das universidades públicas para o sucesso do enfrentamento da pandemia de Covid-19 em Minas Gerais foi destacada nesta quarta-feira (15) pelo governador de Minas, Romeu Zema, durante entrega da segunda fase das obras do hospital de campanha para atendimento de pacientes infectados pela Covid-19 que está sendo montado no Expominas, região Oeste de Belo Horizonte. A estrutura terá capacidade para 768 leitos, que devem ser ativados ainda neste mês.
“As universidades estão apoiando com a realização de testes, produção de vacinas, e temos esperança de estar muito próximos até mesmo do desenvolvimento de um medicamento para combater a doença”, afirmou o governador, em solenidade que teve a participação da reitora da UFMG, Sandra Regina Goulart Almeida.
A reitora, por sua vez, destacou que “é importante que os municípios, o estado e o país saibam que a solução para os problemas desse momento crítico que estamos vivendo está na ciência, na cultura e na educação, parceria que envolve o poder público, as empresas e as universidades”, citando também a Faculdade de Ciências Médicas, outra parceira do governo do estado na operação do hospital de campanha.
“Solução para os problemas deste momento crítico está na ciência, na cultura e na educação, parceria que envolve o poder público, as empresas e as universidades”, destacou Sandra Goulart Almeida
Pedro Campos
Após a breve solenidade de apresentação das obras arcadas pela iniciativa privada, que até agora custaram cerca de R$ 5,3 milhões, as autoridades caminharam pelo Bloco Amarelo, o primeiro a ser entregue, com 260 leitos de enfermaria e 28 de estabilização. Nesta segunda etapa de construção do hospital, foram realizadas também a instalação de mobiliário e enxoval hospitalar e a adequação elétrica. Também foi implantada uma rede de esgoto hospitalar e iniciada a instalação de gasometria (oxigênio e ar comprimido).
Os outros dois blocos serão ativados conforme a necessidade. O Azul terá 220 leitos, e o Verde, 260, totalizando 740 leitos de enfermaria, destinados a pacientes que com quadro mais estável, e 28 de estabilização, nos quais poderá ser feito o primeiro atendimento a pacientes que tenham tido piora no quadro e precisem ser encaminhados para outra unidade hospitalar.
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Giovanne Gomes da Silva, e profissionais da saúde militares que atuarão no hospital de campanha: “apoio da UFMG nos dá tranquilidade”
Dirigentes da UFMG e da Faculdade de Ciências Médicas inspecionam ala em que devem atuar concluintes dos cursos de saúde das duas instituições
Tacyana Arce
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Giovanne Gomes da Silva, aproveitou a visita para apresentar à reitora da UFMG parte do corpo clínico do hospital, destacando que “ter a parceria de uma instituição como a UFMG, contar com o suporte dos seus especialistas, dá muita tranquilidade aos nossos profissionais da saúde militares, que sabem que terão toda a orientação necessária”.
Atuação de estudantes
A parceria com a UFMG vai envolver a atuação de estudantes prestes a se formar nos cursos de Medicina, Enfermagem, Farmácia e Fisioterapia, que devem começar a atuar tão logo sejam finalizados os trâmites relacionados à formalização dos campos de estágio. Médicos residentes do Hospital das Clínicas da UFMG, nas especialidades de infectologia e clínica geral, também devem reforçar o quadro do hospital de campanha, que ainda contratará profissionais de forma provisória.
Além da formalização das parcerias, a atuação dos formandos também aguarda a capacitação, que deve ser iniciada na próxima semana. O diretor da Faculdade de Medicina, Humberto Alves, explicou que a situação de excepcionalidade exige uma preparação também excepcional dos estudantes, motivo pelo qual os formandos passarão por capacitação específica para atuar no hospital de campanha. “É nossa responsabilidade com eles e com os pacientes”, finalizou.