O relatório “Propostas para biossegurança, contingências, meios pedagógicos e infraestruturas para as atividades de ensino, pesquisa e extensão, decorrentes da pandemia” foi apresentado nesta quinta-feira (3), durante a reunião do Conselho Pleno da Andifes, pela presidente da Comissão de Desenvolvimento Acadêmico, presidida pela reitora Joana Angélica (UFSB). A iniciativa partiu da Resolução Andifes 01/2020.
De acordo com a reitora Joana, o relatório sintetiza sugestões para cada uma das situações e demandas identificadas pelas universidades federais desde o início da pandemia. “Nunca nosso sistema de universidades teve tanta necessidade de um trabalho colaborativo como neste momento, desde o compartilhamento de cursos de capacitação, de infraestrutura para evitar que os estudantes tenham que se deslocar de uma região para a outra, passando pelo compartilhamento de componentes curriculares na rede”, detalhou.
Por meio do documento, a Andifes apresenta elementos necessários para dar diretrizes gerais sobre os desafios desse momento crítico, visando, também, o período de pós-pandemia. “Essas diretrizes servirão como base para as questões comuns a todas as universidades, respeitando a autonomia de cada uma”, afirmou a reitora.
Ainda segundo Joana Angélica, há vários desafios que impedem a retomada presencial das aulas nas universidades nesse momento. No entanto, conforme informado pelo presidente da Andifes, reitor Edward Madureira (UFG), as universidades já estão retomando as aulas na graduação por meio do sistema emergencial remoto.
“As universidades federais brasileiras jamais paralisaram suas atividades. Ao contrário, se apresentaram, desde o primeiro momento, para o enfrentamento desse vírus e dos desafios impostos pela pandemia, deixando à disposição os laboratórios e sua estrutura. O primeiro compromisso que assumimos foi com a vida, entre a comunidade interna, suspendendo as atividades presenciais e os calendários acadêmicos, mas também compromisso com a vida da população”, garantiu o presidente.
Sobre os desafios do ensino remoto emergencial, Joana Angélica explicou que as instituições estão se adaptando. “Estão sendo disponibilizados cursos de capacitação para os docentes e técnicos e também equipamentos e internet para os estudantes em situação de vulnerabilidade. Para dar conta disso, torna-se necessário um aporte de recursos nos orçamentos das instituições, uma vez que já há um déficit orçamentário para lidar com as obrigações já existentes nas instituições independente da pandemia”, ressaltou.
O Colégio de Pró-reitores de Graduação das IFES (COGRAD), O Colégio de Pró-reitores de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação das IFES (Copropi), o Colégio de Pró-reitores de Extensão das IFES (COEX), o Colégio de Gestores de Tecnologia da Informação e Comunicação das IFES (CGTIC), o Fórum Nacional de Pró-reitores de Assuntos Comunitários e Estudantis (Fonaprace) e o Fórum de Pró-Reitores de Planejamento e Administração (Forplad) contribuíram na elaboração do relatório.