UFES – Com máquina que fraciona medicamentos, Hucam oferece maior segurança aos pacientes

A compra, armazenagem e dispensação de medicamentos são atividades centrais em qualquer hospital e, no Hospital Universitário Cassiano Antonio de Moraes (Hucam-Ufes), um investimento concluído neste semestre dá mais segurança aos cerca de 8 mil itens, como frascos, comprimidos e outros tipos de embalagem que levam tratamento farmacológico diariamente aos pacientes da instituição.

Como é de conhecimento geral, compras em grandes quantidades significam uma redução do preço unitário. Não é diferente com os remédios em um hospital, mas a desvantagem é que eles não vêm embalados um por um. Para resolver esse problema, está em funcionamento no Hucam um equipamento capaz de automatizar o fracionamento de medicamentos em doses individuais.

A máquina, que custou cerca de R$ 200 mil, chama-se unitarizadora e é a segunda que se junta ao parque tecnológico da Farmácia Clínica do hospital. Além de separar os fármacos, a nova aquisição embala e põe etiqueta com código de barras em cada invólucro. Com o esforço da equipe do fracionamento, somado às duas unitarizadoras, foi possível etiqutar 100% do que sai da Farmácia do Hucam. Na gestão farmacêutica, individualizar e identificar significa evitar desperdícios, saber o que e quanto comprar com maior controle, pois a origem e o destino de cada item passam a ser rastreáveis.

“O fracionamento dos medicamentos é uma ponta de um sistema que visa sempre à segurança do paciente, o controle e a rastreabilidade do que sai do estoque até chegar ao usuário do SUS”, explica a chefe do Setor de Apoio Terapêutico do Hucam, Jhuli Keli Angeli.

Checagem

O código de barras é uma tecnologia simples que permite fazer muita coisa. Na hora de checar se o que sai da prescrição médica corresponde ao que o paciente vai tomar à beira do leito, um leitor, igual ao que se vê em qualquer supermercado, faz o trabalho que dependeria apenas da concentração de um funcionário em contar e conferir nomes, um por um.

Além disso, quando chega ao laser vermelho da maquininha, todos os itens já foram conferidos uma primeira vez, pela equipe que, munida do receituário aprovado pelo time de farmacêuticas, vai até o estoque recolher os produtos. É, portanto, um sistema de dupla checagem.

São várias as utilidades de dar um número para cada item dispensado. Caso um paciente tenha um efeito colateral a determinado medicamento, é possível saber exatamente de que lote ele veio. O novo equipamento permite, ainda, imprimir alertas nas etiquetas e acabar com dúvidas simples, sobre se o comprimido pode ser amassado, se ele se parece com outro remédio, se deve ficar na geladeira. Mais um ponto positivo para a segurança do paciente.