O Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) recebeu, na madrugada desta segunda-feira, 18 de janeiro, 10 pacientes com covid-19 vindos da capital do Amazonas. Sob a coordenação do Ministério da Saúde (MS), uma rede de apoio está sendo criada em todo o país para receber os pacientes de Manaus que não encontram mais vagas para internação. A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), vinculada ao Ministério da Educação (MEC) e responsável pela gestão dos hospitais universitários, disponibilizou ao MS, aproximadamente, 150 leitos distribuídos em nove hospitais universitários federais que fazem parte da Rede.
O sistema de atendimento de saúde em Manaus enfrenta dificuldades com insuficiência de infraestrutura e de insumos, como oxigênio, para atendimento da atual demanda gerada pela pandemia. Dos hospitais das universidades que receberão pacientes, dois estão na região Centro-Oeste e o restante está na região Nordeste, incluindo o HUOL. O deslocamento dos pacientes está sendo realizado pela Força Aérea Brasileira (FAB).
A UFRN tem participado ativamente nas iniciativas de atenção à saúde para enfrentamento da covid-19, com os seus três hospitais universitários. O Instituto de Medicina Tropical (IMT-UFRN), que já realizou mais de 70 mil testes, ficará responsável pela testagem dos pacientes que chegaram no HUOL vindos de Manaus. Para o reitor da UFRN, José Daniel Diniz Melo, essas iniciativas demonstram o compromisso das Universidades Federais com a sociedade, que vêm historicamente apoiando a população em desafios de diversas áreas.
Os pacientes recebidos pelo HUOL ficarão em estrutura já existente na unidade, internados em enfermarias sob o protocolo exigido pela pandemia, acompanhados por equipe multidisciplicar. Todos os recursos humanos, insumos e medicações serão disponibilizados pelo Onofre Lopes.
Ações de enfrentamento à covid-19
A UFRN vem desenvolvendo diversas ações no enfrentamento à pandemia da covid-19, como a doação de álcool 70% e de equipamentos de proteção individual (EPIs); realização de testes da covid-19 e de teleatendimento para esclarecer dúvidas sobre a doença; assistência a pacientes com covid-19 nos hospitais universitários; produção de materiais informativos sobre o tema, como cursos, cartilhas, notas técnicas, vídeos, aplicativos ou guias; pesquisas científicas relacionadas ao novo coronavírus sobre medicamentos, modelos de disseminação, monitoramento dos casos, impacto na economia, desafios pedagógicos, entre outros temas; além da disponibilização de ultrafreezers para vacinas contra a covid-19.