Morcegada traz edição idealizada por estudantes de Jornalismo da UNIR
Pesquisas científicas produzidas em Rondônia e situações causadas pela pandemia da COVID-19 estão entre os assuntos abordados na recente edição do Morcegada. O site existe desde 2017 e é um espaço para os estudantes de Jornalismo da UNIR experimentarem a produção de conteúdo digital.
As reportagens realizadas a partir das pesquisas tratam sobre remédio à base de veneno de cobra, cotidiano de travestis presas, impressão de insumos hospitalares e aumento do custo de vida em Rondônia. As consequências da pandemia também renderam matérias, como trabalho autônomo, descarte de lixo hospitalar, invasão de animais em residências, realidades do ensino remoto para autistas e para pais de crianças, além de mortes de indígenas para a aldeia e para a universidade.
Os problemas ocasionados pela pandemia apareceram também como uma solução, no caso do ensino remoto. As reportagens foram feitas por alunos matriculados em uma disciplina ofertada em Vilhena, mas o professor reside em Porto Velho, e conta que tinha uma estudante que produziu de Portugal. As edições anteriores já tinham fontes nacionais e regionais, mas o trabalho remoto intensificou a produção com pessoas em diferentes localidades.
E-mail, telefone e WhatsApp já facilitavam a apuração. A principal mudança, segundo o professor e jornalista Allysson Martins, está no fato das fontes estarem dispostas elas mesmas a produzirem imagens e vídeos sob orientação dos estudantes, inclusive com participação em videochamada. “Tentamos fazer tudo com o máximo de distanciamento e segurança”, explica.
“O ensino remoto efetivado por causa da pandemia é difícil, mas trabalhar com disciplinas de laboratório, apurar e produzir jornalismo com distanciamento foi um desafio ainda maior”, relata Martins. Segundo o professor, o site Morcegada é um produto experimental, por isso, eles ainda conseguiram driblar as adversidades com muita criatividade dos estudantes.