UFMS e Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos lançam projeto que visa fortalecimento de relações familiares

Foi realizada nesta quinta-feira, 30, a solenidade de lançamento do projeto de extensão “Ações de fortalecimento de vínculos familiares em Campo Grande e Três Lagoas – Programa Famílias Fortes”. A ação é realizada em parceria com o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, por meio da Secretaria Nacional da Família, a Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura (Fapec), as prefeituras municipais de Campo Grande e de Três Lagoas, por meio das secretarias municipais de Assistência Social, e o Instituto IDE de Campo Grande.

O reitor Marcelo Turine agradeceu ao Ministério pela criação e motivação com os diversos projetos e pelo espaço dado às universidades. “Esse desenho de consórcio é muito positivo, trazer nossos professores, técnicos e estudantes que participam e que irão participar dessa ação nos orgulha muito e são movimentos como esse que fortalecem uma formação cidadã. Esse programa é uma forma positiva de enfrentar os desafios que temos na universidade, na educação e na família, é uma grande ferramenta para o desenvolvimento social”, disse.

A secretária nacional da Família, Ângela Gandra, explicou que o programa já existe há algum tempo. “Verificamos que seria uma metodologia eficaz e que em alguns países levou até à erradicação da pobreza, uma vez que foi utilizado para o combate às drogas, à gravidez na adolescência, à evasão escolar e à violência doméstica, entre outros. Vemos como uma política muito positiva e é um programa muito acessível em termos de investimento. A família é a base da sociedade, é a escola da cidadania”, apontou.

A secretária mostrou também a camiseta que estava usando em referência ao curso “Acolha a Vida”. A formação, voltada a capacitadores é ofertada pelo Ministério na modalidade a distância. O intuito será envolver as famílias na prevenção ao suicídio e automutilação. “A família tem papel fundamental em perceber os primeiro sintomas de ideações suicidas e de fato tomar providências”, afirmou.

A vice-reitora Camila Ítavo destacou que a UFMS tem muitos talentos que estão prontos para a formação e para atender a sociedade em seus anseios. “Olhar a unidade familiar como agente de transformação, fortalece também a família UFMS, nosso campo de atuação e o efeito positivo e transformador da Universidade na sociedade. Pelo depoimento da professora Juliana que coordena o projeto, sei o quanto nossos estudantes estão impressionados e impactados por esta formação. São inicialmente cerca de 350 famílias, aos poucos vamos ampliando, é preciso que iluminemos com a luz do desenvolvimento nossos municípios, estado e país”, falou.

“Não tem outra ferramenta que vá formar indivíduos dignos, capazes de transformar e de estimular virtudes na sociedade, que não seja a família. Contem comigo, porque acredito que não há forma diferente de avançarmos na sociedade”, anunciou o Deputado Federal Luiz Ovando, que apoiou o programa Famílias Fortes.

O promotor do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, Sérgio Harfouche, falou sobre a educação e a necessidade que as crianças e jovens têm por orientações. “A evasão escolar que antes já era preocupante se agravou. Isso é muito difícil de ser contornado sem que os pais colaborem. Por isso vejo como um fator primordial a preservação da família e da comunicação. Vejo o programa como um mecanismo fundamental para a reestruturação nacional da paz, da sociedade. Nesse programa há a oportunidade de estabelecer e firmar vínculos de afetividade, que, na minha opinião, é a maior carência desta geração”, apontou.

“A família é a base da sociedade e tem especial proteção do Estado, o fundamento sobre o qual se constrói o edifício social. Uma série de estudos tem demonstrado tanto no Brasil quando no exterior o quanto a família impacta no desenvolvimento das crianças, o quanto é fator de proteção ou, então, diante de um funcionamento inadequado, pode se tornar fator de risco para uma série de comportamentos que comprometem seu desenvolvimento integral. Assim, entendemos todo o potencial que esta ação tem. O programa já foi aplicado em diversos municípios do país e agora estamos iniciando também uma pesquisa com as famílias, para avaliar os resultados”, informou o diretor do Departamento de Formação, Desenvolvimento e Fortalecimento de Família do Ministério, Marcelo Couto.

A professora Juliana Dias Reis, apresentou o projeto de extensão e as ações em andamento na UFMS. “Em agosto e setembro realizamos a formação dos facilitadores, que são discentes de graduação e profissionais das secretarias municipais de Assistência Social e do instituto IDE de Campo Grande. Agora estamos realizando o cadastro das famílias. Em Três Lagoas temos uma equipe e também em Campo Grande, o vice-coordenador do projeto, professor Manoel Antonio de Andrade Barbosa, está atuando nessa sensibilização das famílias, em ação conjunta com o instituto IDE. Agradeço muito todo o apoio e parcerias para a efetivação desse projeto”, disse.

O pró-reitor de Extensão, Cultura e Esporte, Marcelo Fernandes, falou sobre questões relacionadas à família. “Foi o apoio e o amor incondicional que recebemos desde o nascimento que fez com que todos tenhamos nos tornado adultos que podemos replicar isso na vida de outros. A essas pessoas que fizeram isso por nós, a elas damos o nome de família. A família é o espaço da educação, é sagrada do ponto de vista da existência humana, pois por ela são passados valores de dignidade, humildade, entre outros. Por isso é muito importante fortalecer as famílias”, falou.

Famílias Fortes

O programa é uma ferramenta que visa à prevenção de comportamentos que possam gerar prejuízo social, físico e emocional a crianças, adolescentes e suas famílias. Composta por uma metodologia de prevenção ao uso de álcool e outras drogas por meio do fortalecimento de vínculos familiares, a ação é voltada a famílias com crianças e adolescentes de 10 a 14 anos.

No projeto com a UFMS serão investidos R$210 mil de verbas discricionárias da Secretaria Nacional da Família. Ao todo cerca de 350 famílias devem participar da ação.

O programa Famílias Fortes prevê a realização de sete encontros semanais com temáticas variadas e mais quatro encontros para acompanhamento. 60 famílias, sendo 30 de Campo Grande e 30 de Três Lagoas, devem iniciar o ciclo de atividades previsto para outubro e novembro de 2021.

Os encontros serão conduzidos e acompanhados pelos facilitadores, que receberam capacitação específica para a atuação. Na solenidade de lançamento do projeto de extensão, 14 pessoas receberam os certificados de conclusão do curso, entre elas discentes da Universidade e profissionais do instituto IDE.

“O projeto tem uma ideia bem bacana e a proposta é trazer atividades que integrem os pais e filhos e com isso se estabeleça uma relação benéfica entre eles. Para mim é uma oportunidade de expandir meus conhecimentos e contribuir com a população por meio da extensão”, falou a estudante Morgana Praxedes de Souza, do curso de Medicina do Campus de Três Lagoas.

Mais informações sobre o programa Famílias Fortes podem ser obtidas neste link, no site do Governo Federal.

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