UFMG – Juntos, dieta brasileira e azeite extravirgem reduzem inflamações em obesos

Pesquisadores da Escola de Enfermagem da UFMG, da Federal de Goiás e de instituições estrangeiras avaliaram pessoas de 18 a 65 anos

 Pesquisadores coletaram dados de 149 indivíduos com obesidade grave.

Em experimento com participação de pesquisadores da Escola de Enfermagem da UFMG, indivíduos com obesidade grave tiveram parâmetros inflamatórios reduzidos após 12 semanas de consumo de azeite extravirgem (EVOO) e dieta com padrão brasileiro (DietBra).

De acordo com o estudo, a DietBra combinada com o EVOO melhorou significativamente a contagem de leucócitos e a razão linfócitos/monócitos no final do período de acompanhamento.

Os resultados da pesquisa estão descritos no artigo The effectiveness of extra virgin olive oil and the traditional Brazilian diet in reducing the inflammatory profile of individuals with severe obesity: A randomized clinical trial, cujo primeiro autor é o professor Rafael Longhi, do Departamento de Nutrição. “Esses achados fornecem evidências adicionais de que a dieta saudável brasileira combinada com azeite extravirgem pode influenciar positivamente na saúde dos pacientes com obesidade grave”, afirma o docente.

A dieta com padrão brasileiro é caracterizada pelo consumo, nas refeições principais, de arroz, feijão, uma pequena porção de carne magra e vegetais. Frutas, pão, leite e laticínios foram prescritos para as pequenas refeições dos participantes, que foram incentivados a evitar alimentos ultraprocessados.

Grupos
A pesquisa teve participação de 149 indivíduos de 18 a 65 anos, com índice de massa corporal maior ou igual a 35 kg/m², randomizados em três grupos de intervenção: 50 participantes no grupo EVOO; 49 no grupo DieTBra; e 50 no grupo DieTBra + EVOO.

Os dados foram coletados na Universidade Federal de Goiás. Também participaram acadêmicos da Universidade de Barcelona e da London University College.