UTFPR – Projeto ensina o produtor a escolher a melhor planta para pastagem

Em uma área experimental foram cultivadas plantas forrageiras que serão utilizadas para compor as pastagens e alimentação de animais

Você sabia que cada região tem uma ou mais plantas próprias para pastagem de animais? Saber qual a mais correta para a sua região ou necessidade pode reduzir o custo de alimentação e ainda aumentar a receita de produtores rurais. Esse é o objetivo do projeto Campo Agrostológico do Campus Pato Branco, saber as peculiaridades de cada tipo de planta, suas virtudes e defeitos.

Coordenado pelo professor do departamento acadêmico de Ciências Agrárias (Dagro), André Brugnara Soares, em uma área experimental, foram cultivadas mais de 100 espécies e cultivares de plantas forrageiras que podem ser utilizadas para compor as pastagens e alimentação de animais. Nesse mês de dezembro, através de uma parceria com a Secretaria de Agricultura do município, produtores rurais, bovinocultores de corte, leite e ovinos foram até a área de campo para conhecer as espécies da coleção.

“Queremos difundir e fomentar técnicas e manejos voltadas para meio rural, e ainda facilitar a distribuição de mudas e sementes para que os produtores possam cultivar as forrageiras em suas propriedades”, explicou.

Segundo o pesquisador, existem, no mercado, inúmeras opções de plantas para compor as pastagens. “Elas podem ser usadas em cultivo solteiro ou misturadas, o que pode ser bom por um lado, porém, geram dúvidas nos produtores frente a uma infinidade de nomes de espécies da região”, destacou André.

“A alimentação animal a partir de plantas forrageiras é de extrema relevância, por ser mais sustentável e de menor custo em relação aos sistemas confinados de produção”, completa o professor.

Além do caráter extensionista, a área de campo também será usada em aulas práticas dos alunos para compreenderem as principais forrageiras que podem ou não serem usadas na região. Da mesma forma, os alunos, que boa parte são filhos de produtores rurais, podem levar algumas mudas para suas propriedades para ajudar a alimentar seus rebanhos.

O Campo

O projeto teve início em novembro de 2020, quando foram plantadas as primeiras mudas e sementes de forrageiras de verão. Logo após se iniciaram os trabalhos da manutenção e cuidados com o campo e as plantas e, em maio de 2021, realizou-se o preparo de mais uma área, com adubação e calagem para receber as forrageiras de inverno. Após o plantio, foi feita a manutenção e o cuidado com o campo, que hoje comporta, aproximadamente, 75 forrageiras, sendo elas perenes e anuais, de verão e de inverno, e continua em constante expansão para alcançar uma maior gama de espécies”, informou o professor.

O projeto conta com a participação, além do professor André, de alunos bolsistas e voluntários dos grupos de pesquisa Grupo interação Solo Planta Animal (GISPA) e Núcleo de Estudo em Sistemas de Produção Animal (NESPA) e de instituições parceiras como a EPAGRI, o Instituto Federal Catarinense Campus Concórdia, e a Embrapa Pecuária Sul.