O projeto é uma das ações desenvolvidas pelo Comitê de Enfrentamento aos Vetores da Dengue, Febre Amarela, Zika e Chikungunya. Sua realização é de responsabilidade do professor do Departamento de Engenharia Elétrica do Instituto de Ciências Exatas e Aplicadas (Icea) da UFOP, Edgard Torres Saravia, e do professor da Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG) Rafael Aldighieri Moraes.
De acordo com o Rafael Moraes, o projeto surgiu de uma necessidade do município de João Monlevade. “Nós unimos forças para discutir essa demanda que as cidades têm em relação ao combate à epidemia do Aedes. Eu agradeço por essa oportunidade de desenvolver um trabalho tão importante para a comunidade”.
A partir do projeto, foi desenvolvido um banco de dados para mapear as áreas que apresentam maior risco de doenças causadas pelo Aedes aegypti, utilizando o Sistema de Informação Geográfica (Sig), que permite a localização das áreas mais propensas à reprodução do mosquito ou dos locais com um número maior de casos. O professor Edgard Torres explica que tudo será disponibilizado para consulta em breve, em um portal online. “Vamos desenvolver um site para disponibilizar tudo o que já coletamos, alguns artigos e o nosso calendário de atividades”. Esse levantamento busca facilitar o trabalho dos agentes sanitários dos municípios de João Monlevade, Ouro Preto e Mariana, onde o projeto atua, e o enfrentamento da dengue.
O COMITÊ – O Comitê de Enfrentamento aos Vetores da Dengue, Febre Amarela, Zika e Chikungunya é coordenado pela professora do Departamento de Ciências Biológicas da UFOP, Maria Célia da Silva Lanna, e desenvolve um trabalho contínuo de educação sobre as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. O projeto colabora com o rastreamento de casos nas cidades em que a UFOP está inserida.
Dentro do Comitê existem diversos projetos desenvolvidos em conjunto com alunos de diferentes cursos da graduação das cidades de Ouro Preto, Mariana e João Monlevade. Entre as ações está a criação de kits educativos que mostram o ciclo de vida do mosquito vetor da dengue, livros interativos e cartilhas, que são usados em palestras em escolas da rede pública, na Secretaria de Saúde e na Defesa Civil. Outra importante ação é o “Dia D de Combate à Dengue”, realizado em 16 de março em João Monlevade. O dia é voltado para conscientização da população sobre os cuidados para evitar a proliferação do mosquito transmissor da doença. “Nós fizemos palestras nas escolas, intervenções com carro de som, tudo muito bem recepcionado pela população. Criamos inclusive o #molevadesemdengue para compartilhar esse trabalho, foi bem legal”, conta o professor Edgard.