UFT e Governo do Tocantins inauguram Núcleo Especializado em Antropologia Forense e Odontologia Legal

O Governo do Estado do Tocantins e a Universidade Federal do Tocantins inauguraram, na sexta-feira, 26, em um prédio cedido pela UFT, a sede do Núcleo Especializado em Antropologia Forense e Odontologia Legal. A meta, com o termo de cooperação assinado entre o Executivo e a Universidade, é fomentar desenvolvimento do ensino, da pesquisa, do aperfeiçoamento técnico-científico da Perícia Oficial, a fim de aumentar a resolução e celeridade nas identificações de pessoas desaparecidas no Estado do Tocantins.

O Núcleo Especializado realizará exame antropológico das ossadas, visando estimar características únicas capazes de identificar o indivíduo. Essas características, como sexo, idade, ancestralidade, estatura além de características dentárias e ósseas, serão inseridas no banco de dados de cadáveres não identificados (Idforense) afim de serem posteriormente confrontados com as características das pessoas desaparecidas do Estado. Dessa forma, os dados ficam armazenados no sistema informatizado até que surja um suposto desaparecido para que seja correlacionado a esse indivíduos.

Isso permitirá o confronto entre os dados dos exames realizados nesses cadáveres no IML com os dados de desaparecidos registrados nos BOs de desaparecimento do Estado, restringindo o universo de supostos, direcionando assim as investigações.

O Núcleo também alimenta os dados para divulgação no site da SSP a lista dos cadáveres não identificados e não reclamados, o que oportuniza aos familiares de pessoas desaparecidas verificarem se nessa lista consta algum indivíduo com características semelhantes ao do seu familiar e havendo que procure o IML ou as Delegacias trazendo mais informações.

O Núcleo Especializado também desenvolve em parceria com as universidades o projeto de Reconstrução Facial Forense para auxiliar na investigação das ossadas. A Reconstrução facial forense dá um possível rosto a essa ossada baseado no estudo científico, a fim de que alguém reconheça uma característica semelhante ao de um desaparecido e assim procure o IML ou as Delegacias trazendo mais informações.

Foto: Poliana Macedo/Ascom UFT