O Núcleo de Estudos do Fogo em Áreas Úmidas, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, realizou no dias 5 e 6 de dezembro, o 1º Seminário do Programa de Pesquisa Ecológica de Longa Duração (Peld Fogo).
O projeto, que teve início em 2021, tem por objetivo analisar os impactos do fogo na fauna e flora do Pantanal sul-mato-grossense e também quais os melhores períodos do ano para a utilização do fogo como técnica de manejo agrícola e pecuário.
“O projeto foi pensado no sentido de entender como a questão do fogo e da inundação influenciam na fauna, na flora, na estruturação das comunidades, na questão da infiltração da água no solo, em diversas questões. Na medida em que conseguimos entender como isso funciona conseguimos propor melhores estratégias de manejo”, explica o professor da UFMS e pesquisador do Peld, Geraldo Alves Damasceno Júnior.
O 1º Seminário do Peld Fogo foi realizado no auditório do Instituto de Biologia da UFMS e contou com 24 apresentações de diversas pesquisas que estão sendo realizadas dentro do Programa.
As pesquisas, que serão realizadas até 2024, abrangem estudos de impactos do fogo em peixes, plantas, polinizadores, insetos, aves, sementes, solo, entre outros.
“A proposta do Peld Fogo veio somar para que nós possamos conhecer todo o potencial dos campos alagáveis e poder fornecer essas informações para os proprietários rurais para eles saberem o quanto de carbono tem nas fazendas deles, seja no sistema subterrâneo, seja nas espécies arbóreas, e o quanto a intensidade desses eventos climáticos extremos, de fogo e de alagamento, pode trazer de prejuízos e ganhos, e influenciar na manutenção da biodiversidade do Pantanal como um todo”, esclarece a professora e pesquisadora do Peld, Edna Screim Dias.
O Peld Fogo tem apoio e/ou patrocínio da UFMS, Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul, Conselho Nacional de Desenvolvimento Tecnológico e Científico, Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul, Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura, Ibama Prevfogo, Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul, Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, Universidade Federal de Minas Gerais , PPBio Rede Pantanal, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, e Wetlands International Brasil.
Texto e fotos: assessoria Peld Fogo