UFPR cria equipamento de adaptação para atleta paralímpica de canoagem

Estudantes do curso de Design de Produto da Universidade Federal do Paraná (UFPR) desenvolveram um equipamento de adaptação para a prática paradesportiva. O apetrecho foi pensado para a canoagem da classe KL1 – esporte que abrange atletas com pouca ou nenhuma função do tronco e das pernas –, com o objetivo de atender às necessidades da atleta Adriana Azevedo, conhecida como Drica.

O projeto foi desenvolvido pelos estudantes João Gabriel Massaro e Luiz Siqueira como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) em Design de Produto. Para a produção do equipamento, os estudantes precisaram entender as necessidades de atletas da canoagem paradesportiva, assim como as técnicas e as regras dentro do esporte.

Equipamento produzido pelos estudantes de Design de Produto para a atleta Adriana Azevedo (Drica). Foto: Luiz Siqueira

De acordo com João, o trabalho realizado evidencia a necessidade de que as soluções oferecidas aos atletas precisam partir de um estudo mais específico, com o objetivo de atender as particularidades de cada um. “Acredito que foi importante por envolver Design em um ambiente onde muitas das soluções oferecidas para os atletas, ou até mesmo fabricadas por eles, não são projetadas a partir de processos dedicados. Assim, os resultados não são ideais, tanto para sua segurança e conforto quanto para a sua performance”, destaca.

O trabalho intitulado “DRI-KL1 – adaptação para canoagem paradesportiva” recebeu dois prêmios em 2022. Um deles foi o Prêmio Bom Design, como melhor projeto de produto. O evento foi realizado pela Associação das Empresas e Profissionais de Design do Paraná (ProDesign). A segunda premiação foi no Brasil Design Awards – organizado pela Associação Brasileira de Empresas de Design (ABEDesign) –, na qual o projeto recebeu medalha de prata na categoria Design de Produto.

Para Luiz, apesar do reconhecimento que vem com os prêmios ser importante, a opinião que mais importa é a daquela para quem o produto foi pensado. “A opinião da Adriana é a que realmente importa. Ela foi a nossa usuária, então o que ela pensa é a validação máxima pra gente”, ressalta.

Drika conta que o trabalho desenvolvido pelos estudantes contém uma grande relevância pessoal e que o seu uso fará a diferença em seu desenvolvimento como atleta. “Será um marco para mim e claro, para a Paracanoagem, pois visa principalmente a minha segurança e equilíbrio. Ele proporciona a mim uma evolução mais eficaz para que assim eu tenha mais progresso nas competições, em especial as internacionais, visando os Jogos Paralímpicos de Paris em 2024”, diz.