UFPI promove preservação cultural em comunidades do interior do Piauí

Aliando o conhecimento acadêmico sobre arte, ciência e história, o Grupo de Educação para Patrimônio e Arqueologia (GEPAR), da Universidade Federal do Piauí (UFPI), promove, a partir do diálogo com comunidades, ação pautada na valorização da cultura e identidade destes povos. Nesse sentido, o projeto faz visitas guiadas em sítios arqueológicos situados na zona rural de cidades como Piripiri, Buriti dos Lopes e Pedro II, além de encontros em comunidades quilombolas e escolas públicas do interior do estado.

O objetivo central da pesquisa é conversar com a sociedade em geral sobre a preservação da cultura material, imaterial e o fortalecimento das identidades. A professora e coordenadora do projeto, Elaine Ignácio, pontua que o projeto de extensão fomenta a multiplicação do aprendizado nos contextos educacionais, tanto formais quanto não-formais.

Na oportunidade, a coordenadora do GEPAR cita uma importante conquista do grupo. “Podemos citar, a regularização da Lei n.250/1993. Foram realizadas diversas reuniões com representantes do Núcleo de Estudos e Pesquisas em História de Piripiri (NEPIH), Academia de Ciências, Artes e Letras de Piripiri (ACALPI) e Procuradoria do referido município, discutindo as ações para a regulamentação da lei, que dispõe sobre o Tombamento e Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental de Piripiri-PI. Então podemos contribuir, dessa maneira, com a preservação e proteção do patrimônio local, além de dialogar com a gestão municipal e mobilizar a população para valorização e preservação do legado deixado pelas gerações passadas”, sublinhou.

O projeto teve início em 2010, vinculado à Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PREXC), e era, anteriormente, conhecido como Educação Patrimonial (EPA). No ano de 2021, passou a se denominar de Grupo de Educação Patrimonial e Arqueologia (GEPAR). Desde o seu surgimento, ações são promovidas em busca do fortalecimento do conhecimento e da preservação de bens materiais.

O processo de pesquisa no grupo ocorre em etapas diversas, como esclarece Camila Marissa, pesquisadora e integrante do grupo. “Os professores e as pessoas que coordenam o grupo, em conjunto com os estudantes do curso de Arqueologia, conduzem as pesquisas através do estudo teórico sobre Arqueologia, Cultura, Patrimônios Materiais ou Imateriais de uma região/lugar e Educação Patrimonial, somando ainda com eventos, ao exemplo da Jornada Cultura e Patrimônio (JOCUPA). Aprendemos muito sobre a região em que o evento ocorre e fazemos pesquisas de campo que enriquecem o conhecimento adquirido pelo grupo. Por fim, expomos ao público as ideias propostas”, detalhou.

Projetos de extensão possuem grande relevância, tanto para a comunidade em geral como para quem realiza todo o processo de pesquisa. Naira Mendes, estudante da UFPI e integrante do GEPAR evidencia que a participação no grupo de extensão vai para além do espaço de complementação da carga horária, pois enriquece o referencial teórico e o conhecimento sobre as possibilidades da Arqueologia. “Os textos trabalhados durante as reuniões auxiliam minha mente a expandir para inúmeras outras formas de aperfeiçoar o meu fazer arqueológico”, comentou.

Matéria originalmente publicada em UFPI