UFMG desenvolve sistema para operação remota de escavadeiras

A operação de escavadeiras pode gerar estresse e riscos para a segurança dos trabalhadores da área de mineração. Com o objetivo de desenvolver um arcabouço computacional que possibilite a realização remota de atividades de escavação e remoção de materiais de forma mais eficiente e segura, o pesquisador Lucas Carvalho, mestre em Engenharia Elétrica pela UFMG, desenvolveu um sistema de operação a distância do equipamento.

Lucas investigou técnicas que propiciam sensações de imersividade por meio da realimentação de força, ou seja, que promovem percepção de movimento, peso, resistência e posição de um corpo. Ele simulou em laboratório a teleoperação, com o uso de dois robôs, mais precisamente um robô móvel e um braço manipulador, reproduzindo uma escavadeira, em escala reduzida.

O projeto Teleoperação Avançada de Equipamentos de Mineração teve participação também de pesquisadores do Departamento de Ciência da Computação da UFMG e do Instituto Tecnológico Vale (ITV). Os testes foram realizados no Laboratório de Visão Computacional e Robótica (Verlab), instalado no Instituto de Ciências Exatas (ICEx) da UFMG.

A 100 quilômetros

Também foram realizados testes em Ouro Preto, no ITV, com uma plataforma robótica similar à desenvolvida no Verlab. O equipamento foi operado de forma remota, a cerca de 100 quilômetros de distância, por uma pessoa que estava no ICEx, no campus Pampulha. A comunicação entre o sistema de comando e o equipamento era feita via internet.

Para medir a carga de trabalho dos operadores que controlavam a plataforma robótica nas configurações propostas, o pesquisador recorreu à ferramenta Nasa TLX, índice usado pela agência espacial americana para medir a carga de uma tarefa. Os resultados foram considerados positivos em relação ao desempenho da máquina. Do ponto de vista dos operadores, diminuiu o estresse mental, mas aumentou o esforço físico.